Morreu hoje o cantor Zezinho Corrêa, da banda Carrapicho, vítima da covid-19, em Manaus. Ele estava internado em um hospital havia mais de um mês. A morte foi divulgada nos perfis do cantor, de 69 anos, e do grupo no Instagram, em uma nota de falecimento.
“A família Corrêa vem a público comunicar o falecimento do nosso amado cantor Zezinho Corrêa. Deus quis o levar para a morada eterna, e hoje ele nos deixou”, diz o texto.
“O céu ganhou mais uma estrela que com sua luz brilhará para a eternidade. Obrigada por levar o nome do Amazonas para o mundo, obrigada por ser esse ser humano incrível em todos os sentidos, você já está fazendo muita falta na nossa família, daqui vamos continuar sempre te amando. Hoje a batida do tambor se calou”.
Tanto no Instagram de Zezinho, quanto na página da banda, fãs deixaram suas homenagens ao cantor. “Descanse em paz”, “Meus sentimentos a toda família”, “Zezinho fará falta, é um símbolo, uma marca do Amazonas” e “Deus o tenha em excelente lugar” foram algumas das mensagens enviadas pelos seguidores.
Evolução da doença
Diagnosticado com covid-19, Zezinho foi internado no hospital Samel, em Manaus, no dia 4 de janeiro. Com o agravamento do quadro da doença, o dono do hit “Tic Tic Tac” foi transferido para a UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do hospital Prontocord, também localizado na capital amazonense, três dias depois.
No dia 25, Zezinho, que vinha apresentando uma evolução clínica, viu seu quadro se agravar, precisou ser sedado pela equipe médica e voltou a precisar da ajuda de ventilação para respirar.
Carreira
Zezinho, de 69 anos, ficou famoso no Brasil e no mundo, durante os anos 90, com o hit “Tic Tic Tac”. Todo brasileiro conhece a letra:
“Bate forte o tambor, eu quero é tic, tic, tic, tic, tac/ É nessa dança que meu boi balança e o povo de fora vem para brincar/ É nessa dança que meu boi balança e o povo de fora vem para brincar/ As barrancas de terras caídas faz barrento o nosso rio mar”.
Zezinho nasceu em 1951, em Carauari, no interior do Amazonas. Entrou para o Carrapicho em 1980, e com a música “Tic Tic Tac”, o grupo levou o Amazonas para o mundo, vendendo mais de 15 milhões de discos.
O grupo fez uma longa pausa entre 2002 e 2007. Após o hiato, Zezinho retomou os trabalhos musicais.
Os detalhes da história de vida de Zezinho foram contados no livro ‘Eu Quero é Tic, Tic Tac’, escrito pelo jornalista Fabrício Nunes.