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Volume de resíduos hospitalares cresce até 20 vezes na pandemia

"Os resíduos da saúde precisam de um tratamento prévio, por conterem substâncias perigosas", lembra Rafael Marques

Além dos reflexos sanitários e econômicos, a pandemia da Covid-19 alavancou substancialmente o volume de resíduos hospitalares, trazendo o desafio da destinação e tratamento corretos, buscando evitar uma disseminação ainda maior do coronavírus.

Projeção feita pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) estima um crescimento de 10 a 20 vezes nos resíduos produzidos nas unidades hospitalares.

Neste sentido, seguindo orientações internacionais de boas práticas com o objetivo de assegurar condições adequadas de saúde pública, preservar o meio ambiente, garantir a proteção dos trabalhadores e prevenir as possibilidades de transmissão do vírus SARS-CoV-2, recomenda-se adotar uma combinação de ações conforme os padrões e protocolos já existentes e em uso, com reforço em aspectos necessários para combater a presente situação mantendo-se a eficiência dos serviços prestados e, principalmente, com aumento da higienização individual por parte dos trabalhadores.

Com essa preocupação, o coordenador de Engenharia, Segurança e Meio Ambiente do Grupo Sterlix/Raiz, Rafael Marques, detalha que os resíduos da saúde precisam de um tratamento prévio, antes da destinação final, por conterem substâncias perigosas.

“Eles precisam de uma destinação ambientalmente correta, precisam de um tratamento prévio antes da disposição final, porque são resíduos que podem conter patógenos e também contém substâncias perigosas que podem colocar em risco à saúde pública, então é imprescindível que os estabelecimentos façam a destinação ambientalmente correta desses resíduos, com a pandemia vimos que estes resíduos poderiam disseminar ainda mais o vírus, é claro que existem outros tipos de patógenos, mas com a pandemia vimos ainda mais a importância do tratamento correto desses resíduos e da disposição correta”, explica.

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