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Após acordo com o MPT, jogadores recebem passagens e parte dos salários

Ao todo, nove atletas, além do preparador físico, cozinheiras, massagista e roupeiro estavam com os salários atrasados

Os jogadores do Esporte Clube Flamengo, do Piauí, receberam parte dos salários que o clube devia e as passagens para que pudessem retornar aos seus Estados de origem. A medida foi possível após intermediação do Ministério Público do Trabalho no Piauí (MPT-PI) que, ao tomar conhecimento dos fatos, buscou a diretoria do clube e a Federação Piauiense de Futebol para sanar as irregularidades.

Ao todo, nove atletas, além do preparador físico, cozinheiras, massagista e roupeiro estavam com os salários atrasados. Além disso, o alojamento não possuía condições adequadas para receber a equipe. As denúncias foram comprovadas após fiscalização realizada pelas equipes do MPT-PI e também pelos fiscais da Superintendência Regional do Trabalho. “Tomamos conhecimento das denúncias e fomos averiguar. De fato, os salários não haviam sido pagos, as condições do alojamento eram precárias. Ouvimos os trabalhadores e chamamos a diretoria do Clube para buscar um acordo que pudesse sanar os problemas e permitir que, pelo menos em um primeiro momento, o mínimo fosse garantido: as passagens para que eles pudessem retornar aos seus Estados, a maioria era de Recife, Salvador, Maceió, e o pagamento de parte dos salários”, explicou o Procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura.

Durante a fiscalização, os fiscais do trabalho constataram ainda que as carteiras de trabalho dos jogadores não estavam assinadas, entre outras irregularidades. “Durante a nossa fiscalização, verificamos as condições de saúde e segurança dos trabalhadores, além de documentos, as condições dos alojamentos, dormitórios e ainda entrevistas com os trabalhadores. O clube agora deve se posicionar a cerca das irregularidades encontradas”, pontua Dinavan Araújo, fiscal do trabalho.

Para o procurador-chefe do MPT-PI, Edno Moura, o episódio demonstra o que o órgão já defendia anteriormente quando propôs a ação para que o Clube não participasse do Campeonato Piauiense de Futebol. “O MPT estava correto quando solicitou que o judiciário impedisse o clube de participar do campeonato. A dívida do clube aumentou e a situação dos atletas é de abandono”, lamentou.

No Campeonato Piauiense de Futebol, o Flamengo do Piauí fez sua pior campanha ao longo da história. Dos 14 jogos, a equipe sofreu 13 derrotas e um empate, somando apenas um ponto em todo a competição. Devido ao desempenho, a equipe foi rebaixada para a Série B. Agora, o MPT-PI continua em diálogo com a Diretoria do clube para que as pendencias sejam regularizadas. A expectativa é de que o Clube assine um Termo de Ajuste de Conduta na qual se compromete a regularizar o pagamento que ficou pendente com os trabalhadores.

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