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“Precisamos atrair empresas e melhorar o nível de renda”, diz pré-candidato a deputado

O advogado Gerson Veloso deu um importante passo rumo ao Legislativo Estadual ao se filiar ao Partido Progressista no último dia 2 de abril, quando, ao mesmo tempo, colocou seu nome na disputa para o cargo de Deputado Estadual do Piauí. Segundo conta, sua principal missão, caso seja eleito, é, principalmente, usar sua experiência na área jurídica para lutar por benefícios para comunidade e contribuir com crescimento do Piauí. “Não somos mais um estado atrasado, e temos importantes potencialidades que precisam ser incentivadas”, lembra. Gerson Veloso é graduado em Direito pela Universidade Federal do Piauí, mas possui também pós-graduação em Administração em diversas entidades fora do estado, inclusive no exterior. O advogado garante ser totalmente independente, sem nenhuma ligação com políticos tradicionais. “Minha única ligação é com o crescimento do Piauí”, conta. Confira a entrevista:

Essa é a segunda vez que o senhor pleiteia uma vaga no Legislativo Estadual. Como acha que pode contribuir sendo um dos representantes da população naquela Casa?

Pretendo aplicar todo o conhecimento e experiência adquiridos para promover o desenvolvimento econômico, social e cultural do Estado do Piauí. Para refletir na melhoria da qualidade de vida do cidadão piauiense.

A campanha deve iniciar de fato após a realização das convenções partidárias. Como o senhor pretende se articular até esse momento, e depois, como imagina desenvolver sua campanha?

Neste momento pré-eleitoral, respeitando a legislação, atuamos via contato pessoal e direto com os apoiadores, amigos, familiares bem como possíveis eleitores. Solicitando dos mesmos atenção e dedicação ao nosso projeto. Iniciando-se a campanha propriamente dita, a faremos, literalmente, na rua, em visitas e caminhadas aos bairros da capital e do interior.

O senhor já declarou ser um político independente, sem família tradicional na política estadual, nem amarras a outros políticos históricos. Isso é, sem dúvida, um ponto positivo, mas que certamente lhe criará barreiras. Como pensa em superar isso para conseguir se eleger?

Se esse fator – de ser independente – é uma barreira, é também uma oportunidade. Na medida em que os eleitores podem se identificar com a postura da liberdade. E tal postura ser merecedora do voto de confiança do cidadão, como uma alternativa saudável. É certo que será necessária muita comunicação através da propaganda para que o eleitor entenda a nossa mensagem e a nossa postura.

O senhor também falou em outra ocasião que as leis estaduais precisam ser flexibilizadas. Quais leis seriam essas e como pensa realizar essas mudanças? E mais importante, quais os benefícios que isso traria ao Piauí?

As leis referentes aos incentivos fiscais devem ser intensificadas e sugestionadas aos empresários Pátrio e aos empreendedores nacionais, sem gerar guerra com as outras Unidades da Federação. Ao mesmo tempo atrair empresas do setor de indústria, comércio e de serviços. Para que se aumente aqui o nível de renda da população piauiense.

Durante sua carreira na área do Direito, o senhor já atuou em diversos campos, mas em algumas áreas específicas teve maior destaque, uma delas foi a Trabalhista. O senhor ver alguma coisa que pode ser mudada nas relações de trabalho fazendo parte do Legislativo estadual?

Em relações às leis trabalhistas propriamente ditas, estas são competência da União Federal, especificamente, do legislativo federal. Mas como Deputado Estadual devemos melhorar a relação do Estado do Piauí com seus próprios servidores públicos. Apresentando maior transparência nos direitos e nas obrigações. E assim incentivando o funcionário público estadual a exercer as suas funções.

Um dos principais papeis do deputado estadual é fiscalizar as ações do Executivo. O senhor já pensou nesta missão? Como pretende agir nesse aspecto?

Estando na situação, ou seja, no governo, ou na oposição, cabe ao Deputado Estadual zelar pela boa aplicação do dinheiro recebido pelo Estado. Sejam recursos vindos da União Federal, seja recolhido, aqui, diretamente pelos nossos contribuintes. Neste aspecto a função do Parlamentar atinge um ângulo de 360 graus. Ou seja, abrange a todos os órgãos Públicos, onde deve sempre haver vigilância e fiscalização do dinheiro do contribuinte.

Ainda sobre a relação com o Executivo, sabemos que para as coisas se desenvolverem bem é preciso que o Legislativo saiba barrar o que for prejudicial a população, mas que também aprove o que for positivo, o que muitas vezes não acontece por diferenças políticas-partidárias. Como o senhor avalia essa questão? Acredita que diferentes partidos devam dialogar em prol de algo positivo para o Estado?

É estupidez atrapalhar o que é bom para população do Estado, o que vem para melhorar a vida do povo. Ser radical e irracional jamais seria política, no bom sentido da palavra. Neste ponto devemos imitar a boa política praticada nos países do primeiro mundo. A atividade do parlamentar deve ser procurar a melhoria de vida do povo.

Uma das principais reclamações da população com o Legislativo é a falta de acesso, a pouca participação da comunidade naquela Casa. O senhor também acha isso? E se sim, acha que algo precisa ser feito para mudar esse pensamento?

O Parlamento Estadual deve dar uma função mais transparente a Rádio Assembleia e a TV Assembleia. Este é um dos caminhos de acesso do povo aquela casa. Acho também que o Deputado deve evitar o assistencialismo, o apadrinhamento. A função do Deputado Estadual piauiense é incentivar o trabalho.

O senhor conhece a realidade do Piauí nos municípios? Onde o senhor acredita que as nossas riquezas podem ser melhor exploradas? E o que Legislativo pode fazer pelos municípios mais carentes?

Há potencialidades sem dúvidas. A Capital mafrense cresce por si só, dado seu nível de educação e ao seu sistema de Saúde que são de primeira qualidade. Os maiores municípios piauienses tem encontrado também suas vocações: Picos, o crescente Comércio aliada a produção e exportação de Mel e Caju; Parnaíba, o turismo do delta aliada a sua bacia leiteira; São Raimundo Nonato, o turismo científico; Bom Jesus, Uruçuí, Corrente, a produção e exportação de Grãos, etc.

E para concluirmos nossa entrevista, como advogado, como o senhor avalia a legislação eleitoral atual? Considera que é a melhor possível ou teria alguma sugestão de mudança?

Todo cidadão sabe que a Legislação Eleitoral atual é intricada, não republicana, casuística, e que pressiona os candidatos e os partidos, bem como não oferece ao povo as mudanças necessárias ao desenvolvimento do Estado brasileiro. Nós acreditamos no sistema Parlamentarista e no Voto distrital. Ambas as mudanças vão trazer mais participação popular e racionalidade a Política. Embora sejam competências do Legislativo Federal e não nossa.

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