O dia 10 de setembro é o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), anualmente, existe um maior número de mortes como resultado de suicídio, do que HIV, malária, câncer de mama ou guerras e homicídios. Somente no Brasil são registrados cerca de 14 mil casos por ano, ou seja, uma média de 38 por dia.
Segundo a psicóloga e professora da Estácio, Milena Coelho, o Setembro Amarelo traz uma campanha de prevenção ao suicídio, mas muitas vezes as pessoas não sabem orientar ou que fazer a respeito. “Antes que uma pessoa chegue a uma tentativa de autoextermínio, é necessário identificar alguns sinais de que este indivíduo não está bem. Entre os sintomas mais frequentes estão mudanças no sono e no apetite, esquivas das relações com os amigos e com os familiares, além de uma retração por eventos em que antes se tinha prazer”, pontuou.
Milena também explica, que alguns aspectos físicos como automutilação, desconfortos gástricos, dores de cabeça, taquicardia, além dos aspectos comportamentais como discurso de desânimo e desilusão, e desapego às coisas que gostava antes, também são sintomas que podem caracterizar um risco ao suicídio. Para ela, é importante as famílias prestarem atenção a sinais comportamentais, incluindo os sinais de crianças e jovens, que podem levar ao ato. “Aqueles que estão em depressão querem acolhimento, precisam ser ouvidos. Esses sinais não podem ser ignorados”, defendeu.
Para a psicóloga, ninguém melhora de forma repentina em uma situação que traga dor. Os problemas vão sendo analisados e aos poucos esse indivíduo vai aprendendo a lidar com a situação, até aprender o repertório que seja mais funcional à cada história de vida”, comentou.
“A gente sempre orienta que procurem os centros de atenção psicossocial (Caps), que procure atendimento psicoterápico e se houver qualquer sinal de que a pessoa tentou o suicídio, chame o Samu ou o chame o Corpo de Bombeiros”, finalizou.