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Aumento de tomografias na pandemia gerou mais diagnósticos precoce de câncer

Na pandemia foi possível diagnosticar casos de câncer de pulmão no início

O diagnóstico precoce é essencial para o índice de cura do câncer, mas alguns tipos como o de pulmão, acabam sendo descobertos apenas em estágio avançado. Em fase inicial, existem poucos sintomas, que podem passar despercebidos pelo paciente. Na pandemia, devido à atenção especial aos danos pulmonares provocados pelas complicações da Covid-19, o aumento de tomografias de tórax resultou em diagnósticos de câncer de pulmão na fase inicial.

“Na pandemia foi possível diagnosticar casos de câncer de pulmão no início. Mas a maioria dos casos é diagnosticada na fase avançada, pois a doença é silenciosa. Apesar disso, 25% dos pacientes diagnosticados em fase inicial têm chances de cura. É preciso ficar atento aos sinais como tosse persistente, perda de peso, escarro com sangue e dor no peito”, alerta o oncologista da clínica Oncomédica, Claudio Rocha (CRM 5855). Outros sintomas como rouquidão, fadiga, falta de ar, infecções repetitivas e em casos avançados, dor óssea e problemas no sistema nervoso podem ser observados.

O tabagismo segue como a principal causa da doença. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), 85% dos casos identificados são ocasionados pelo cigarro. Ainda de acordo com o Inca, somente no Brasil, estima-se 17.760 novos casos em homens e 12.440 em mulheres para cada ano do triênio 2020-2022. “Não fumar é a principal forma de prevenir o câncer de pulmão. Além disso, o cigarro eletrônico é tão prejudicial quanto o cigarro comum. Mas, outros fatores como exposição à poluição, radônio (elemento químico radioativo), obesidade e sedentarismo aumentam a incidência da doença”, explica o médico.

De acordo com o oncologista, apesar da frequência desse tipo de câncer, o diagnóstico precoce é a melhor chance de cura. “Depois de diagnosticado, o tratamento varia de acordo com o tipo e estágio do câncer de pulmão. Mas o tratamento deve ser interdisciplinar, reunindo várias especialidades envolvendo cirurgia, quimioterapia, imunoterapia, terapia alvo e radioterapia”, pontua Claudio Rocha.

Apesar dos números ainda serem altos, os casos vêm caindo ao longo dos anos graças às campanhas de combate ao tabagismo, como o Dia Mundial sem Tabaco, criado pela Organização Mundial da Saúde, que busca conscientizar e alertar a população para as doenças evitáveis causadas pelo cigarro.

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