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Botafogo abre 10 pontos, enquanto Flamengo e Palmeiras brigam com ‘sistema’

O Botafogo pela segunda vez se viu diante do segundo colocado, fora de casa, e venceu

Quem controla o sistema? Parte da torcida do Flamengo atribuiu para si esse poder, cantando “somos o sistema” no Allianz Parque, por ocasião do jogo contra o Palmeiras. Mais um capítulo da provocação entre os principais times do país nos últimos anos.

Quem controla o sistema? Parte da torcida do Flamengo atribuiu para si esse poder, cantando “somos o sistema” no Allianz Parque, por ocasião do jogo contra o Palmeiras. Mais um capítulo da provocação entre os principais times do país nos últimos anos.

“O Botafogo está no caminho certo. Ainda faltam muitas rodadas, mas está no caminho certo. Se continuar dessa forma, se o grupo continuar fechado, do jeito que está, vamos começar a pensar em título. Já está dando esse cheirinho, sim”.

Ritmo de campeão Se Palmeiras e Flamengo frearam um ao outro nesta rodada, com o empate por 1 a 1, o Botafogo venceu de novo e igualou o Corinthians de 2017 na pontuação mais alta até essa altura do campeonato na era dos pontos corridos. Os corintianos ficaram com a taça naquele ano. Até agora, não há outra sinalização dada pelo Botafogo do que um domínio em termos de resultados, mesmo quando fica com as costas na parede — foi o que o Grêmio fez.

O Botafogo pela segunda vez se viu diante do segundo colocado, fora de casa, e venceu. Foi assim contra o Palmeiras e agora contra o time de Renato Gaúcho na Arena. Como se não bastasse, o Alvinegro já venceu o próprio Flamengo e também o Fluminense — para envolver o quarto elemento do atual G4 do Brasileirão. O tricolor, inclusive, subiu na tabela com a vitória sobre o Internacional, no primeiro jogo de Fernando Diniz desde que foi anunciado na seleção brasileira.

O Botafogo está sob a tutela de Cláudio Caçapa após o adeus de Luís Castro e nem parece sentir a transição até a chegada de mais um português, Bruno Lage. O alvinegro vence por ser cirúrgico e não se apavorar. O goleiro Lucas Perri faz seus milagres quando Adryelson e Victor Cuesta não são suficientes. E o time, por outro lado, dá um jeito de construir os gols. E nem precisa do artilheiro Tiquinho Soares para isso.

O Botafogo até agora não se envolveu na “trocação” recente sobre arbitragem. Até porque fica difícil ser acusado de “mão invisível” do sistema depois de passar anos penando entre brigas para não cair e rebaixamentos.

A reclamação muda de lado Na troca de acusações e cobranças, o Palmeiras citou o tal “sistema” após o empate com o Athletico e, a partir da derrota para o São Paulo, na Copa do Brasil, estipulou a “lei da mordaça”. Ninguém dá entrevista. Nem jogadores, nem comissão técnica. “Eu sei que eu não posso brigar com o sistema”, foi o que disse a presidente Leila Pereira ao anunciar que a delegação não se pronunciaria por um tempo.

Durante a semana, o lado palmeirense viu o Flamengo pedir punição ao responsável original pela crítica à CBF — o auxiliar João Martins. Mas foram os rubro-negros que deixaram o jogo de sábado (8) reclamando da arbitragem. Um lance envolvendo Everton Ribeiro é a razão, com direito à promessa de contestação na CBF.

Com a bola rolando, viu-se o equilíbrio que impera entre Palmeiras e Flamengo nos últimos anos. Primeiro tempo de um e segundo tempo de outro. Com a ressalva de que Jorge Sampaoli optou por começar com Everton Ribeiro e Arrascaeta no banco. Quando entraram em ação, o enredo do jogo se transformou.

No Grêmio, Renato Gaúcho também resolveu falar sobre arbitragem ontem, citando situações do jogo contra o Botafogo e de partidas passadas.

“Seneme, você está cobrando a arbitragem? Quero saber o que se faz com o VAR, porque não está chamando”, disse o técnico gremista, dirigindo-se ao presidente da comissão de arbitragem.

Pênalti para o Santos? Os protestos na rodada também são de Goiás e América-MG, por pênaltis assinalados a favor de Santos e Coritiba, respectivamente. Essa queda de braço, específica, envolve a parte de baixo da tabela.

Na penalidade santista, o árbitro Bruno Arleu viu infração em um encontrão dentro da área de Lucas Halter em Joaquim, já aos 44 minutos do segundo tempo. Mesmo chamado pelo VAR à área de revisão, Arleu manteve a marcação. O lance foi decisivo para a vitória por 4 a 3 — o time ganhou a primeira depois de 12 jogos.

Falando nisso, e o Vasco? Parece que houve uma pane no sistema que está difícil de ser corrigida.

Igor Siqueira
Do UOL, no Rio de Janeiro (RJ)

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