A integração entre a academia e a indústria é um desafio e uma oportunidade para o desenvolvimento científico, tecnológico e econômico do Brasil. Essa parceria pode gerar benefícios para ambos os lados, como a formação de profissionais qualificados, a transferência de conhecimento, a inovação de produtos e processos e a solução de problemas reais.
Um exemplo disso na indústria piauiense é Roberval Soares, químico da empresa Kalfix, que há três anos vem integrando a equipe de pesquisa do grupo. “Vim para aplicar a parte prática do meu mestrado, que é a aplicabilidade de um material para a redução de custo e melhorar a propriedade física da argamassa. Com o desenvolvimento fui agregando a empresa e hoje já sou parte do grupo”, explicou.
O sucesso de projetos que nasceram da interação entre universidades e empresas contribuem não só para o avanço da ciência e da tecnologia, como também da qualidade de vida da população que é impactada pelos frutos dos materiais desenvolvidos pela pesquisa.
O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Piauí (CIEPI), Federico Musso, explica que essa parceria é fundamental para alavancar o setor em nosso estado e qualificar o profissional piauiense. “Sair um pouco da teoria que, às vezes, está baseada em padrões internacionais e entender um pouco o que acontece na realidade do chão de fábrica no Piauí. E as indústrias seriam beneficiadas ao terem a possibilidade de, além de ter alguém com conhecimento acadêmico que às vezes está em falta dentro da equipe, ter uma visão mais objetiva de alguém de fora com a capacidade de enxergar melhor algum processo que poderia ser feito de forma mais eficiente”, explica o presidente.
Essa conexão virtuosa impulsiona a formação de profissionais mais preparados, estimula a cultura empreendedora e fortalece o crescimento sustentável das organizações, como destaca o fundador do grupo Kalfix e Diretor de Inovação do CIEPI, Franklin Kalume. “Desde o início das nossas atividades prezamos exatamente a busca e desenvolvimento de produtos e tecnologia, mas sempre buscávamos fora daqui. Há seis anos tivemos a grata surpresa de conhecer um professor do instituto federal, e proporcionou uma parceria com o IFPI. Começamos a parceria com os alunos de especialização e de lá para cá, só foi crescendo. Deixei de fazer as parcerias com o Sul e hoje nós temos 100% nas parcerias são feitas”, finaliza o empresário.