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São Raimundo Nonato (PI) é o terceiro maior produtor de mel do Brasil

Em 2022, a produção de mel no Piauí teve um incremento de cerca de 1.446 toneladas

Nos últimos dez anos, a produção de mel no Piauí saltou de 1.563 toneladas, em 2012, para 8.321 toneladas em 2022, um crescimento da ordem de 432% no período, o maior dentre os estados brasileiros. Na sequência vem Alagoas, com 216%, e a Bahia, com 207%. São informações divulgadas pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE.

Em 2022, a produção de mel no Piauí teve um incremento de cerca de 1.446 toneladas (21%) em relação ao ano anterior e sua produção, da ordem de 8.321 toneladas, foi a terceira maior do país, representando cerca de 13,7% do total nacional. Superaram o Piauí apenas os estados do Rio Grande do Sul, com 9 mil toneladas (14,8%), e o Paraná com 8.638 toneladas (14,2%). No panorama da região Nordeste, a produção piauiense representava cerca de 35% do total, seguido da Bahia, com 20,82% (4.911 toneladas), e do Ceará, com 18,83% (4.441 toneladas).

Em 2022, dentre os 10 municípios com maior produção de mel no Brasil aparecem dois municípios piauienses: São Raimundo Nonato, na terceira colocação com 746 toneladas, e Picos na sexta colocação com 607 toneladas. Os dois municípios apresentaram, inclusive, uma melhoria de sua colocação em relação ao ano anterior (2021), quando São Raimundo Nonato ocupou a nona colocação, com uma produção de 575 toneladas, e Picos aparecia na décima primeira colocação, com uma produção de 486 toneladas.

Em termos de valor, a produção piauiense atingiu R$ 121,7 milhões, em 2022, ficando atrás do Paraná, com R$ 138,9 milhões, e do Rio Grande do Sul, com R$ 137,4 milhões. Por sua vez, os municípios piauienses de maior destaque na produção, São Raimundo Nonato e Picos, registraram valor de produção de, respectivamente, R$ 11 milhões e R$ 8,5 milhões.

O crescimento da produção de mel em todo o país está relacionado às condições climáticas favoráveis, que proporcionaram maior disponibilidade de recursos alimentares para as abelhas. A crescente demanda por produtos naturais e saudáveis, nacional e internacionalmente, também tem impulsionado a produção apícola nacional. O ano de 2022 apresentou o terceiro melhor resultado para volume e o segundo para faturamento nas exportações brasileiras de mel, segundo dados da Secex.

Em dez anos, produção de ovos cresce cerca de 90% no Piauí

Em 2012, a produção de ovos de galinha foi de 14,8 milhões de dúzias, enquanto em 2022 essa produção atingiu 28,2 milhões de dúzias de ovos, um crescimento da ordem de cerca de 90% no período de dez anos, o oitavo maior incremento na produção dentre os estados do país e o quarto maior da região Nordeste. São informações divulgadas pela pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE.

Apesar do elevado crescimento na produção de ovos no Piauí, em 2022, as 28,2 milhões de dúzias representavam 0,57% da produção nacional, o que posicionava o estado na 21ª colocação dentre todos os estados. Em termos da região Nordeste, o Piauí ocupava a nona colocação, com 2,9% do total da produção. O Ceará destacava-se com a maior produção da região, com 284 milhões de dúzias, o equivalente a cerca de 30% do total. No país, São Paulo foi o estado que apresentou a maior produção, com cerca de 1,1 bilhão de dúzias, o equivalente a 24% da produção nacional.

No Piauí, em 2022, o município com a maior produção de ovos foi Valença do Piauí, com 7,2 milhões de dúzias, o que representava cerca de 26% da produção do estado. Na sequência vem os municípios de Floriano, com 3,1 milhões de dúzias (11,3%) e Teresina, com 2,9 milhões de dúzias (10,5%).

A produção de ovos no Piauí ficou estável em termos de volume produzido em 2021 e 2022, contudo, em termos de valor, o Piauí registrou cerca de R$ 175 milhões com a produção de ovos, em 2022, cerca de 20,5% a mais do que o obtido em 2021, quando registrou R$ 145 milhões. O valor da produção do Piauí, em 2022, representou o equivalente a 0,67% do valor total da produção nacional, que atingiu a casa dos R$ 26 bilhões.

Pedro Andrade, Chefe da Seção da Produção Agropecuária do IBGE no Piauí, ressalta que o acentuado aumento da produção de ovos no Piauí nos últimos dez anos foi proporcionado pelos investimentos na implantação de novas granjas de postura, bem como pela ampliação da capacidade produtiva daquelas já existentes. Em 2012, havia 6 granjas no estado, número esse que saltou para 10, em 2022. Pedro Andrade fez questão de ressaltar também, que o crescimento da produção no estado deveu-se muito em razão do expressivo aumento na demanda local, haja vista o mercado piauiense ter boa parte de sua demanda atendida por produtores de outros estados.

Produção de leite encolhe cerca de 22% no Piauí

Em 2012, a produção de leite no Piauí foi de 85 milhões de litros, volume esse que reduziu-se para 66,7 milhões de litros, em 2022, uma queda na produção de cerca de 18,3 milhões de litros (21,6%) no período de dez anos. São informações divulgadas pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE.

No Piauí, o município com a maior produção de leite, em 2022, foi São José do Divino, com cerca de 5 milhões de litros, o que representava cerca de 7,62% da produção total do estado. Na sequência vem os municípios de Parnaíba, com 3,86 milhões de litros de leite (5,8%); e Teresina, com 2,54 milhões de litros (3,82%).

De 2012 a 2022, o Piauí foi o único estado da região Nordeste que apresentou queda na produção de leite. Naquele mesmo período, a produção de leite na região Nordeste cresceu 63,5% e, no Brasil, cerca de 7,13%. A produção de leite no Piauí, de 66,7 milhões de litros, em 2022, representava cerca de 1,16% da produção nordestina e aproximadamente 0,19% da produção nacional. No Nordeste, o estado que mais produziu leite foi a Bahia com 1,27 bilhão de litros, o equivalente a 22% da região. No Brasil, a maior produção de leite foi de Minas Gerais, com 9,36 bilhões de litros, o que representava cerca de 27% do volume de produção nacional.

Apesar de nos anos de 2021 para 2022 ter havido uma queda de 2,11% no volume da produção de leite no Piauí, no tocante ao valor da produção registrou-se um aumento da ordem de 8,68%, tendo passado de R$ 162,3 milhões, em 2021, para cerca de R$ 176,4 milhões, em 2022.

Segundo Pedro Andrade, Chefe da Seção da Pesquisa Agropecuária do IBGE no Piauí, “a redução sistemática na produção de leite no estado é provocada pela baixa industrialização local e pela preferência, recomendável, no consumo de produtos lácteos beneficiados, tipo o leite longa vida e outros derivados, cujo abastecimento no Piauí provém de outros estados.

Apenas 51% do leite produzido no estado, em 2022, foi beneficiado nas indústrias locais”. Pedro complementou, ainda, que “o número de vacas ordenhadas reduziu-se sobremaneira no Piauí, tendo sido de 148 mil vacas, em 2012, e de 98 mil, em 2022”.

Rebanho de caprinos e ovinos são os que mais crescem no Piauí

No período de 2012 a 2022, o rebanho que mais cresceu no Piauí foi o de caprinos, com elevação de 54,26%, tendo passado de 1.285.033 cabeças, em 2012, para 1.982.362 cabeças, em 2022. Na sequência, o que mais cresceu foi o rebanho de ovinos, com elevação de 42,90%, tendo passado de 1.240.423 cabeças, em 2012, para 1.772.628 cabeças. São informações divulgadas pela Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) do IBGE.

O rebanho de caprinos do Piauí é o terceiro maior do país, representando cerca de 16% do total, ficando atrás apenas da Bahia, com 3.716.229 cabeças (30%), e de Pernambuco, com 3.225.034 (26%). No Piauí, os municípios com o maior efetivo de rebanho de caprinos são: Dom Inocêncio, com 88.772 cabeças; São Raimundo Nonato, com 49.619 cabeças; e Dirceu Arcoverde, com 44.030 cabeças.

No período de 2012 a 2022, outros rebanhos também apresentaram crescimento no Piauí, dentre eles o suíno, com elevação de 20,11%, e o de galináceos, com 17,84%. Os demais rebanhos apresentaram redução em seu efetivo, dentre eles: o bovino, com -16,70%; o bubalino, com -18,78%; o equino, com -42,22%; e o de codornas, com -68,49%.

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