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Filipe Luís lamenta derrota do Flamengo e mira o Corinthians: “Limpar a cabeça para um jogo vital”

Depois de dois bons jogos, Filipe Luís conheceu sua primeira derrota à frente do Flamengo numa jornada em que time e treinador estiveram abaixo do esperado. Com gols marcados no segundo tempo, o Fluminense venceu o clássico no Maracanã por 2 a 0. Filipe analisou o revés da seguinte forma:

Sempre é ruim perder, obviamente eu sabia que viria à coletiva com resultado negativo. Triste que tenha sido num clássico e às vésperas da semifinal da Copa do Brasil. Duro, mas o futebol te brinda com oportunidades a cada semana para se superar recuperar e recuperar a confiança. Temos que limpar a cabeça o antes possível para preparar bem esse jogo de domingo, que é vital – afirmou.

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Impedimentos de Gabigol

– Primeiramente, o que mais peço para o Gabi é o posicionamento dele, que ele se posicione de um jeito onde seja produtivo, que ele possa conseguir atacar bem os espaços, que é o que ele faz de melhor. Obviamente, que cair no impedimento é uma leitura, um timing que às vezes ele não está tendo. Mas, para mim, menos pior é às vezes ele ficar impedido do que vir buscar a bola no pé como vi ele fazer em anos anteriores. Que ele saia esporadicamente, ok, mas o mais importante é que ele guarde a posição dele, que ele entenda os movimentos que ele tem que fazer. E, obviamente, um cara que estava há bastante tempo sem jogar, esse timing não está nas melhores condições, mas a tendência é que melhore.

Jogo com o Corinthians

– Sobre o jogo de domingo, sinceramente nem olhei o Corinthians ainda. Na semana passada, fiquei olhando o nosso time e nessa semana comecei a preparar o Fluminense. A partir de amanhã (sexta) vou começar a estudar o Corinthians, ver que possíveis mudanças de sistema eles podem apresentar. Hoje (quinta) é digerir a derrota, dói. Dói muito mais desse lado do que como jogador. É digerir isso para poder levantar e preparar bem esse jogo de domingo. Mas não posso adiantar nada porque não estudei o Corinthians ainda.

Linha defensiva alta

– É desafiador, mas para se pressionar é fundamental. E eu assumo a responsabilidade do que aconteceu hoje. Não tivemos o nosso melhor dia na questão de linha, de sincronia de linha. Sabia que não ia ser fácil, sabia que eles fazem isso, que eles usam muito a atração para jogar na longa. No primeiro tempo, a gente controlou bem esse risco. No segundo tempo, eles acabaram aproveitando algumas falhas nas coberturas, mas normal.

– Como falei nas outras entrevistas, eu sabia que isso poderia acontecer em algum momento, mas o que realmente me preocuparia seria se o time não criasse, sabe, as chances de gol. E o time está criando, criando, criando. Quando você não consegue ser determinante na área, nas áreas, nas duas, isso pesa. E hoje o Fluminense foi determinante nas áreas. Nós, não. E só nos resta trabalhar para tentar melhorar esse lado, mas repito o que você falou, essa linha alta durante a temporada eles sabem fazer, só que hoje não foi o nosso melhor dia.

Alcaraz mal

– Eu não consigo entrar na cabeça dele, mas é um jogador superinteressante, um cara que é portento físico, joga em várias posições. Domina bem o meio-campo e, claro, quer demonstrar. Ele tem essa ambição de querer as coisas. Muitas vezes demora o processo. Vou dar todo o suporte para ele se desenvolver e conseguir a confiança necessária para desempenhar. O resultado não ajudou. Acredito se a bola tivesse entrada, ele conseguiria se soltar um pouco mais, mas ele está com esse peso de querer fazer o time ganhar. Totalmente normal num jogador tão novo, tão jovem, mas que tem um futuro brilhante pela frente.

Léo Ortiz como volante

– Como falei na entrevista que a gente venceu, nós temos zagueiros de seleção brasileira. Não só o Léo Ortiz e o Fabrício, mas o Léo Pereira poderia perfeitamente, e o David Luiz foi muitos anos da seleção brasileira. Imaginei um jogo hoje que uma entrada do Léo na construção me daria uma melhor saída de jogo nessa posição, e eu conseguiria romper a pressão do Fluminense. Nesse primeiro bloco alto que eles fazem, pelos jogos que a gente estudou. Claro que faltou ajustar um pouco mais a posição dele. Talvez ele não estivesse posicionado do jeito que eu gostaria que ele estivesse. Acabou que não deu certo.

– A responsabilidade é toda minha. Se tivesse sido determinante na área, estaríamos falando que teria dado certo. Não deu certo, e eu assumo a responsabilidade dessa decisão. O Léo é fundamental para mim, importantíssimo, assim como é o Fabrício. Eu quero que eles compitam porque vão crescer. Vou ver quem vai estar melhor para começar no domingo.

Análise dos dois tempos

– No primeiro tempo, a gente controlou bem o jogo, sofremos alguns contra-ataques. Não foi o nosso melhor dia tecnicamente. A bola escapou muito do nosso pé, erramos alguns domínios. Jogadores que talvez não estavam tão sincronizados entre eles no meio, e demos alguns contra-ataques. Fizemos um bom primeiro tempo, com bastante chance de gol. E no segundo tempo, a partir do momento que começamos a sofrer e depois das perdas de bola, perdemos um pouco a força no meio-campo, porque era um jogo de bastante transição, ida e volta, e acabamos sofrendo o gol. Depois do gol, o Fluminense sabe muito bem se defender, e ficou cada vez mais difícil de fazer gols. Mesmo assim, criamos chances e não conseguimos fazer.

Por Redação do ge — Rio de Janeiro

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