Zelensky afirmou que está em Washington para um encontro com Trump nesta segunda-feira (18). A declaração ocorreu após Trump reiterar a pressão por um acordo com a Rússia, condicionando o fim da guerra à permanência da Crimeia sob controle russo e à exclusão da Ucrânia da OTAN, pontos que são contestados pelos ucranianos.
O presidente americano declarou que Zelensky “pode encerrar a guerra com a Rússia quase imediatamente, se quiser, ou pode continuar lutando”. Ele acrescentou que a Crimeia não deveria ter sido cedida, assim como os ucranianos não cederam Kyiv, Odesa ou Kharkiv após 2022.
O governo de Kiev mantém a posição de não abrir mão de territórios nem de abandonar o objetivo de integração à OTAN, apesar da pressão internacional.
Zelensky e Trump se reunirão em Washington. Segundo a agenda divulgada pela Casa Branca no domingo (17), o encontro a sós ocorrerá às 13h15 no horário local (14h15, horário de Brasília), no Salão Oval. Posteriormente, eles se encontrarão com outros sete líderes europeus às 15h (16h, horário de Brasília), na Sala Leste.
Esta é a segunda reunião entre Trump e Zelensky desde o início da guerra. O primeiro encontro, em fevereiro, foi encerrado abruptamente após Trump adotar um tom considerado ríspido na conversa.
Entre os líderes europeus confirmados estão Emmanuel Macron (França), Keir Starmer (Reino Unido), Friedrich Merz (Alemanha), Ursula von der Leyen (Comissão Europeia), Mark Rutte (OTAN), Giorgia Meloni (Itália) e Alexander Stubb (Finlândia).
Trump apresentará a proposta discutida com Putin em Anchorage. Fontes ouvidas pela imprensa americana e europeia indicam que a ideia russa envolve o congelamento das linhas de frente atuais em troca de reconhecimento internacional da anexação da Crimeia e de áreas ocupadas no Donbas e em Zaporizhzhia.