O futuro do planeta em debate
Cientistas, ambientalistas e especialistas em clima de renome mundial foram consultados pelo g1 sobre o futuro do planeta. Em um levantamento inédito, 33 personalidades compartilharam suas visões sobre a crise climática.
Consenso e alerta: a urgência da ação
As respostas, fruto de meses de apuração, indicam um consenso entre os entrevistados: o tempo para agir está acabando. Eles apontam a necessidade de prioridades globais até 2050, focando em áreas como transição energética, proteção de florestas, mudanças no modelo de consumo e adaptação urgente.
A raiz do problema: o modelo de consumo
Para os especialistas, a crise climática tem sua origem no modelo de consumo global, que promove a exploração desenfreada de recursos naturais e agrava as desigualdades sociais. A produção em massa, a extração ilimitada e o desperdício em escala mundial alimentam o desmatamento, a poluição e o aquecimento global. A mudança desse padrão é considerada o primeiro passo para uma transformação ambiental efetiva.
2050: a meta crítica
O ano de 2050 é um marco na luta contra a crise climática, definido como prazo por muitas nações para alcançar a neutralidade de emissões de gases de efeito estufa. No entanto, é também o ano em que o planeta corre o risco de ultrapassar o limite de 2°C de aquecimento se cortes drásticos nas emissões não forem realizados. Os próximos 25 anos são considerados decisivos.
Ceticismo e esperança: a velocidade da reação
Apesar da urgência, a maioria dos especialistas demonstra ceticismo quanto à capacidade de reverter o quadro atual. Para eles, o relógio climático está em contagem regressiva, e a diferença entre um futuro esperançoso e um desastre iminente reside na velocidade da resposta global.
Responsabilidade histórica e metas adiadas
As maiores economias do mundo, historicamente as maiores emissoras de gases de efeito estufa, enfrentam críticas pelo avanço desigual em relação às metas climáticas. Muitos desses países têm atrasado compromissos, reduzido objetivos e até se retirado de acordos internacionais. A desconfiança sobre o protagonismo necessário dessas nações é um sinal de alerta para o futuro global.
Participantes do especial
O especial contou com a participação de diversas personalidades que acompanham de perto o tema. A lista completa dos entrevistados está disponível no especial do g1.
