A série histórica da pesquisa, iniciada em 2012, mostra uma redução de aproximadamente 524 mil pessoas em situação de pobreza no estado. Em 2012, o número era de 1,78 milhão de piauienses, caindo para cerca de 1,26 milhão em 2024.
O IBGE destacou que a proporção de pessoas em situação de pobreza no Piauí em 2024 é a menor registrada desde o início da série histórica. A Síntese de Indicadores Sociais (SIS) do instituto visa fornecer subsídios para o planejamento de políticas públicas assertivas no campo social.
Para o IBGE, são consideradas em situação de pobreza as pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a R$ 694 mensais, o equivalente a US$ 6,85 por dia, de acordo com parâmetros do Banco Mundial.
Programas sociais governamentais, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), foram cruciais para essa redução no Piauí. Segundo o instituto, sem esses benefícios, a taxa de pobreza no estado alcançaria 47,1%, um aumento de quase 10 pontos percentuais. O Piauí apresentou o 10º maior índice de pobreza do Brasil.
Em nível nacional, o IBGE afirmou que, sem os programas sociais, a pobreza atingiria 28,7% da população brasileira, um aumento de 5,6 pontos percentuais em relação aos 23,1% registrados com a existência dos benefícios. O índice de 23,1% em 2024 é o menor da série histórica desde 2012.
Os estados com os maiores índices de pobreza em 2024 foram Acre (45,9%), Maranhão (45,8%) e Ceará (43,3%). Em contrapartida, Santa Catarina (8,0%), Rio Grande do Sul (11,1%) e Mato Grosso (13,1%) registraram os menores índices.
