Depois de vender telhas de amianto por quase 80 anos, a Eternit está preparando a sua grande virada, apostando pesadamente no seu projeto de telhas solares. Após receber a certificação do Inmetro para o produto, a empresa concluiu, somente nos dois primeiros meses deste ano, mais quatro instalações dos equipamentos, além dos dois projetos concluídos em 2020.
Os novos projetos fotovoltaicos foram instalados nos estados de São Paulo, (Ourinhos e Marília), Rio de Janeiro (Itaipava) e na cidade de Cambé, no Paraná. O menor deles, em Ourinhos, utilizou apenas 72 telhas na instalação, mas projetou uma economia mensal de R$ 50 na conta de luz, com uma capacidade de 70 kWh por mês.
Cada telha solar mede 36,5 cm por 47,5 cm e tem uma potência de 9,16 watts, o que indica uma capacidade média mensal de produção de 1,15 Quilowatts-hora (kWh). Com isso, o maior projeto da Eternit, o de Marília com 560 telhas, aponta uma capacidade de produção de 550 kWh/mês, o suficiente para um abatimento de R$ 390 na conta.
A linha de produção já está rodando
Cerca de 20% mais barato do que um sistema solar convencional, segundo a Eternit, as telhas solares poderão cobrir seu investimento entre três a cinco anos. Para que isso seja atingido, são necessárias cerca de 150 telhas em uma residência pequena, e pelo menos 600 unidades em casas de alto padrão. O restante do telhado pode utilizar telhas comuns.
Falando ao podcast “ESG de A a Z” da revista Exame, o presidente do Grupo Eternit, Luís Augusto Barbosa, garantiu estar “seguindo com sucesso as etapas do plano de desenvolvimento”. Segundo ele, a linha de produção já está rodando na fábrica da Tégula Solar em Atibaia, no interior de São Paulo, para atendimento a projetos-piloto para clientes selecionados, e chegará ao mercado no segundo semestre.