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CRO-PI visita hospital e destaca a importância de dentistas nas UTIs

O objetivo da visita foi conhecer o Projeto e estudar a sua ampliação para outros hospitais

A diretoria do Conselho Regional de Odontologia do Piauí (CRO-PI) visitou, na manhã desta sexta-feira (21) o projeto instalado no Hospital do Monte Castelo que oferece atendimento odontológico para pacientes com COVID-19. Atualmente o Hospital trata exclusivamente pacientes acometidos pela doença.

O objetivo da visita foi conhecer o Projeto e estudar a sua ampliação para outros hospitais. Os pacientes hospitalizados recebem orientação de profissional habilitado, conforme grau de dependência, a fim de evitar danos consequente da alteração da microbiota bucal. Além da visita, o CRO-PI doou 300 escovas de dente para o Hospital.

“O nosso objetivo hoje é visitar o projeto dentista na UTI já instalado aqui no Hospital do Monte Castelo e tentar levá-lo para outros hospitais da rede municipal e estadual, para que a causa seja abraçada. Esta já e uma pauta antiga do sistema de conselhos de odontologia, do CRO e do Sindicato e o nosso objetivo é que o dentista esteja na UTI acompanhando os pacientes internados não só com COVID, mas com outros quadros clínicos para que esse tempo de internação dos pacientes seja reduzido e para que o quadro clínico não se agrave, porque já foi constatado que o paciente que está internado tem dificuldade de manter a sua higiene. Este projeto beneficia não só a categoria, mas a sociedade como um todo”, explica o Presidente do CRO-PI, Leonardo Sá.

A diretora geral do Hospital do Monte Castelo, Marilene Siqueira Silva, explicou o objetivo desse atendimento. “Esse serviço odontológico implantado nesta unidade de saúde visa reduzir o tempo de internação e os riscos de infecção, principalmente de pneumonia associada à ventilação mecânica”, diz.

O odontólogo Vinícius Aguiar Lages, plantonista do Hospital do Monte Castelo e presidente da Comissão de Ética do CRO-PI, explica que pacientes graves, com Covid-19, devido às complicações respiratórias e hematológicas, apresentam grande dificuldade ou mesmo são impossibilitados de manterem o autocuidado com o corpo.

“A higienização da boca faz parte do conjunto de práticas para o bem-estar e a qualidade de vida. Assim, como a cavidade oral é um ambiente em que infecções podem acontecer com muita facilidade devido a vários micro-organismos oportunistas, uma vez que a imunidade já está gravemente comprometida e o paciente não consegue realizar sua higiene bucal, ter um dentista na UTI ajuda no controle de diversas infecções”, explica Vinícius Lages.

Sobre o atendimento, o odontólogo informa que o paciente é avaliado diariamente por uma equipe para verificar a situação oral, para, assim, notar rapidamente quaisquer alterações que podem causar complicações severas.

“A formação de placa pode prejudicar as funções respiratórias do paciente, então, é recomendável a higiene e aplicação de antissépticos bucais como o digluconato de clorexidina a 0,12%, a cada oito ou doze horas. Secreções que se acumulam na região orofaríngea devem ser aspiradas regularmente, pois podem conter uma concentração alta de agentes patogênicos. Além disso, podem surgir lesões traumáticas ou fúngicas na boca durante a internação, que devem ser prontamente tratadas.

Esses procedimentos devem ser realizados por profissionais que atuam na Odontologia Hospitalar, habilitação reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia em 2015.

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