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Uma em cada três motocicletas emplacadas no Brasil circula no Nordeste

O Nordeste apresenta a proporção de uma motocicleta para cada sete habitantes – a mesma média brasileira

Estratégica para o setor de Duas Rodas, a região Nordeste é o segundo maior mercado das motocicletas produzidas nacionalmente no Polo Industrial de Manaus (PIM). De acordo com dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares – Abraciclo, no primeiro bimestre foram licenciadas 49.975 motocicletas na região, o que corresponde a um crescimento de 13,8% na comparação com o mesmo período de 2021 (43.928 unidades), e a 30,5% do total emplacado no país.

Com mais de 6,6 milhões de pessoas com habilitação na categoria A, o Nordeste apresenta a proporção de uma motocicleta para cada sete habitantes – a mesma média brasileira. “Isso demonstra o potencial de crescimento da região. A demanda por motocicletas cresceu muito nos últimos anos por ser um veículo ágil, econômico e com baixo custo de manutenção, além de fonte de renda para boa parte da população. Mais recentemente, a constante alta nos preços dos combustíveis também tem levado muitos consumidores a optarem pela motocicleta no dia a dia”, afirma o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian. “Nossa perspectiva é de que o setor de Duas Rodas no Nordeste avance ainda mais ao longo de 2022”, complementa.

Outro ponto importante é a maior a disponibilidade de crédito. A chegada dos bancos digitais gerou maior concorrência no mercado financeiro e oferta de linhas de crédito para o consumidor. No ano passado, por exemplo, o total de licenciamentos nos nove estados foi de 309.486 unidades, o que corresponde a uma alta de 9,3% na comparação com 2020 (283.266 motocicletas).

Emplacamento por Estado

Com 10.642 motocicletas e 21,3% de participação no mercado, a Bahia foi o estado que mais emplacou motocicletas no primeiro bimestre. Em segundo lugar, ficou Pernambuco (8.964 unidades e 17,9% dos licenciamentos), seguido bem de perto pelo Ceará (8.633 unidades e 17,3%).

Em termos percentuais, o Maranhão foi o estado que registrou o maior crescimento. De janeiro a fevereiro deste ano, foram emplacadas 6.953 motocicletas, alta de 22,2% na comparação com o mesmo período de 2021 (5.691 unidades).

Veja o ranking:

De acordo com levantamento da Abraciclo, as três categorias mais emplacadas na região foram a Street (26.646 motocicletas e 53,3% de participação no mercado), Trail (11.162 unidades e 22,3%) e Motoneta (7.542 motocicletas e 15,1%).

Já no ranking por motorização, a liderança é das motocicletas de baixa cilindrada (até 160 cilindradas), com 44.517 unidades e 89,1% do mercado. Os modelos de 161 a 449 cilindradas responderam por 9,7% dos negócios, com 4.846 unidades. Já os emplacamentos com motocicletas acima de 450 cilindradas totalizaram 612 unidades, o que corresponde a 1,2% do mercado.

Produção nacional

As fabricantes de motocicletas instaladas no Polo Industrial de Manaus – PIM fecharam o primeiro bimestre com a produção de 190.589 unidades. Segundo levantamento da Abraciclo, o volume é 70,7% superior ao registrado no mesmo período do ano passado (111.645 motocicletas). A marca de 190 mil unidades havia sido alcançada no primeiro bimestre de 2020, antes da primeira onda de Covid-19 no país, quando foram produzidas 194.734 motocicletas.

Em fevereiro, 107.046 motocicletas saíram das linhas de montagem, o melhor resultado para o mês, desde 2015. Naquele ano, foram produzidas 110.823 unidades. Ainda de acordo com dados da associação, o desempenho do setor foi 28,1% superior ao registrado em janeiro (83.543 unidades) e 84,5% maior na comparação com o mesmo mês do ano passado (58.014 motocicletas).

Ao avaliar os números, Fermanian afirma que a produção de motocicletas está em ritmo de retomada. “No primeiro bimestre de 2021 tivemos grandes dificuldades devido a segunda onda da pandemia em Manaus. Já em janeiro deste ano, a variante Ômicron afetou o ritmo da produção. Agora, a tendência é de evolução e crescimento para atender a demanda”, comenta e complementa. “Seguimos atentos, no entanto, em relação às variantes políticas e econômicas que podem afetar o mercado, a questão logística e, consequentemente, a produção de motocicletas”.

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