Um grupo de artistas e produtores culturais de Teresina participou nesta terça-feira, 26 de setembro, de uma reunião com membros do Conselho Estadual de Cultura do Piauí (CEC), solicitando auxílio para que se viabilize o diálogo com a Fundação Cultural Monsenhor Chaves (FCMC) visando a transparência e apresentação dos critérios, assim como do edital da Lei Paulo Gustavo na capital piauiense, tendo em vista o prazo exíguo para execução dos recursos. A previsão é que a execução dos recursos ocorra até o final do ano, ou seja, há somente cerca de 90 dias para que todas as etapas sejam concluídas. Em âmbito estadual o edital já está disponível e o processo de seleção terá início no próximo mês.
Em Teresina, são R$ 8 milhões dispostos pela Lei; como encaminhamento ficou acertada uma audiência com o líder da FCMC, Neto do Angelim, nesta quarta-feira, 27.
“Nós estamos aqui como Comissão pedindo que haja transparência, que haja um acompanhamento dos artistas, que haja mais diálogo, e que haja o cumprimento das determinações que o Ministério da Cultura passou, conforme o Estado fez, a Secretaria de Cultura lançou um edital, colocou os prazos, o cronograma, os critérios”, reverberou o músico e produtor cultural Machado Júnior.
O técnico e produtor Carlos Veras compartilha do posicionamento, explicitando a preocupação com a indefinição sobre a Lei Paulo Gustavo na capital piauiense faltando somente três meses para que o prazo estabelecido pelo Governo Federal seja concluído.
“Hoje a gente falou sobre exatamente a necessidade de uma maior transparência e celeridade nos processos de implementação da Lei Paulo Gustavo no município de Teresina. A classe artística está no escuro, a gente não consegue ter uma compreensão de como vai ser lançado ou quando vai ser lançado, como vai ser distribuído a verba, mesmo a gente sabendo que dentro das resoluções da própria Lei do Paulo Gustavo já existe os artigos e os indícios que destinam uma verba específica, mas quais são os critérios, como é que isso é realmente será distribuído a partir da realidade município de Teresina”, cravou.
Conselheira do CEC, a jornalista e produtora cultural Poliana Sepúlveda, explicitou o comprometimento do órgão estadual em ouvir os pleitos dos artistas e colaborar da melhora maneira possível.
As deliberações da reunião foram ratificadas pelo presidente do CEC, o advogado e escritor Nelson Nery Costa, que de pronto procurou o líder da FCMC, Neto do Angelim, para dialogar sobre a questão e colocar o Conselho Estadual de Cultura à disposição para auxiliar o município na construção de todas as etapas relativas à Lei Paulo Gustavo.