Designated Survivor prende o expectador unindo política e suspense

Sutherland se ver mais uma vez tendo que enfrentar uma grande rede terrorista que abalou profundamente as estruturas de seu país

Depois de nove temporadas de muito sucesso com a série 24 horas, era de se esperar que algum diretor desejasse aproveitar, pelo menos em parte, esse carisma que o ator Kiefer Sutherland criou e sua “ligação” com ataques terroristas aos Estados Unidos.

E foi certamente isso que diretor David Guggenheim pensou em convidá-lo para ser o protagonista da série Designated Survivor (Sobrevivente Designado).

Nela, Sutherland se ver mais uma vez tendo que enfrentar uma grande rede terrorista que abalou profundamente as estruturas de seu país. A maior diferença é que agora ele deixou de ser o agente especial no combate ao terrorismo e passou a ser ninguém menos que o próprio presidente. A complicação que ele precisa enfrentar é tão pesada quanto a anterior, só que agora deixando de lado as pistolas e metralhadoras e usando a política como arma.

Kiefer Sutherland agora é Thomas Kirkman, que no primeiro episódio é um ministro de segundo ou terceiro escalão ligado a área de Habitação que vai ter que assumir a Presidência do Estados Unidos porque um ataque terrorista destruiu o Capitólio matado o atual presidente, seu vice, deputados e senadores. Kirkman foi o primeiro “sobrevivente designado” da lista para assumir o cargo.

Depois do enorme susto da notícia, Thomas Kirkman resolve encarar a missão, inicialmente contando apenas com o apoio da esposa e do chefe de gabinete.

Vale destacar outro ponto muito bem explorado pela série: a relação com o povo americano através da imprensa. O secretário de Imprensa do governo de Kirkman, com raízes árabes, dá uma lição de como se comportar durante crises, algo que, aliás, se tornou uma constante.

A série, que possui uma nota 7,5 no IMDB, consegue agradar público e crítica principalmente por trabalhar muito bem essas duas partes, ou seja, para quem gosta de política, as dificuldades para conquistar as mudanças e convencer políticos a criarem um novo congresso e a habilidade como supera essas barreiras é algo bem interessante. No entanto, o diretor não deixa o suspense de lado. Muita coisa acontece durante as investigações para encontrar os responsáveis pelo ataque terrorista.

A união desses dois caminhos conseguem prender o expectador até o final. A primeira temporada tem 21 episódios, a segunda, 22 e a terceira, 10. As três estão disponíveis na Netflix.

Foi uma surpresa o cancelamento da série na terceira temporada mesmo mantendo um alto índice de audiência. O motivo teria sido a não assinatura de contrato com vários atores, que buscaram outros projetos.

Sair da versão mobile