Em jogo bastante disputado e, por vezes, com entradas duras, Uruguai e Chile empataram em 1 a 1 hoje (21), na Arena Pantanal (MT), pelo Grupo A da Copa América. Os gols foram marcados por Suárez, para os uruguaios, e Vargas, para os chilenos, duas das estrelas da competição.
Com o resultado, o Chile foi à liderança da chave com cinco pontos e está bem próximo de garantir sua classificação. Já o Uruguai, com um jogo a menos, tem apenas um ponto, uma vez que perdeu na estreia para a Argentina por 1 a 0.
Na próxima rodada, a seleção uruguaia permanece em Cuiabá (MT), onde enfrenta na quinta (24) a Bolívia. Já os chilenos, na mesma data, atuarão em Brasília (DF), onde encaram o Paraguai no estádio Mané Garrincha.
Uruguai desencanta e encerra jejum de gols
Após um jejum que já durava quatro partidas sem gols, o Uruguai, enfim, desencantou na partida de hoje diante do Chile. A seca era inédita na era Óscar Tabárez, que está no comando da seleção uruguaia desde 2006.
O melhor – Vargas é decisivo
O atacante do Atlético-MG mostrou mais uma vez seu poder de decisão e, com um belo gol, se isolou como o maior artilheiro da história do Chile em Copa América, agora com 14 tentos. O jogador, porém, preocupa, já que saiu com dores na coxa direita no segundo tempo.
O pior – Arrascaeta apagado
O meia do Flamengo ganhou uma oportunidade entre os titulares, mas esteve apagado em campo e acabou sendo substituído aos 14 minutos do segundo tempo por Facundo Torres.
Cavani tem grande chance, mas em impedimento
Logo aos 8 minutos do primeiro tempo, Cavani teve uma grande chance em cabeçada dentro da área onde Claudio Bravo fez uma defesaça. A arbitragem, porém, assinalou impedimento.
Uruguai inicia com mais volume de jogo
O Uruguai iniciou a partida com mais volume de jogo, controlando as ações e tentando criar ocasiões de gol, mas esbarrou em um forte esquema defensivo chileno.
No contra-ataque, Chile abre o placar com Vargas
O Chile, por sua vez, resolveu só “sair na boa”, e numa dessas, Vargas puxou um contra-ataque, tabelou com Brereton, recebeu na frente, invadiu a área e soltou a bomba no gol de Muslera, colocando a seleção chilena na frente.
Jogo muito pegado
Em um típico clássico latino, o jogo foi muito pegado, com algumas chegadas mais duras que fizeram o árbitro brasileiro Raphael Claus trabalhar bastante.
Suárez empata para o Uruguai
Coube ao artilheiro Suárez mostrar seu faro de gol e empatar o jogo para o Uruguai aos 20 minutos do segundo tempo após cruzamento da direita. Vecino desviou de cabeça, e o camisa 9 estava esperto, na pequena área, para escorar para o fundo da rede.
Cavani quase vira o placar
Aos 39 minutos do segundo tempo, o palmeirense Viña cruzou da esquerda, e Cavani cabeceou com estilo, mas a bola passou rente à trave de Claudio Bravo.
Calor castiga todos
O forte calor na capital mato-grossense foi um adversário duro não só para os jogadores. Além da reclamação dos atletas, integrantes das comissões técnicas também sentiram muito a sensação de uma arena abafada. Um jornalista também chegou a passar mal, mas se recuperou rapidamente.
Polêmicas antecederam a partida
Os dias que antecederam ao duelo entre Uruguai e Chile foram de muita polêmica extracampo. Pelo lado dos uruguaios, um segurança da seleção foi preso acusado de assédio sexual à uma funcionária contratada pela Conmebol e que trabalhava no hotel onde a delegação está hospedada. Após passar a noite detido na Delegacia da Mulher, ele foi solto mediante o pagamento de R$ 5 mil de fiança em audiência de custódia.
Já pelo lado chileno, a federação foi multada e jogadores penalizados por terem furado a bolha sanitária ao permitir a entrada de um cabeleireiro no hotel em Cuiabá.
FICHA TÉCNICA
URUGUAI 1 X 1 CHILE
Local: Arena Pantanal, em Cuiabá (MT)
Hora: 18h (horário de Brasília)
Árbitro: Raphael Claus (BRA) Auxiliares: Christian Lescano e Byron Romero (EQU)
VAR: Rafael Traci (BRA)
Cartões amarelos: Valverde (URU); Siarralta (CHI)
Cartões vermelhos: Nenhum Gols: Vargas, aos 26 minutos do primeiro tempo (CHI); Suárez, aos 20 minutos do segundo tempo (URU)
Uruguai: Muslera, González (Cáceres), Giménez, Godín e Viña (Jonathan Rodríguez); Vecino (Torreira), Valverde, De La Cruz (Nández) e Arrascaeta (Facundo Torres); Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez
Chile: Claudio Bravo, Isla, Medel, Maripán (Roco) e Mena; Pulgar, Vidal (Alarcón) e Charles Aránguiz; Sierralta, Vargas (Meneses) e Ben Brereton (Arriagada). Técnico: Martín Lasarte