Autora relata opressão no Irã em autobiografia em quadrinhos

Em Persépolis, o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente e o humor infiltra no drama

Marjane Satrapi tinha apenas dez anos quando se viu obrigada a usar o véu islâmico, numa sala de aula só de meninas. Nascida numa família moderna e politizada, em 1979 ela assistiu ao início da revolução que lançou o Irã nas trevas do regime xiita – apenas mais um capítulo nos muitos séculos de opressão do povo persa.
Vinte e cinco anos depois, com os olhos da menina que foi e a consciência política à flor da pele da adulta em que se transformou, Marjane emocionou leitores de todo o mundo com essa autobiografia em quadrinhos, que só na França vendeu mais de 400 mil exemplares.
Em Persépolis (Cia das Letras), o pop encontra o épico, o oriente toca o ocidente, o humor se infiltra no drama – e o Irã parece muito mais próximo do que poderíamos suspeitar.

A autora
Marjane Satrapi nasceu em Rasht, no Irã, em 1969, e atualmente vive em Paris. Estudou no liceu francês de Teerã, onde passou a infância. Bisneta de um imperador do país, teve uma educação que combinou a tradição da cultura persa com valores ocidentais e de esquerda. Aos catorze anos, partiu para o exílio na Áustria, e depois retornou ao Irã a fim de estudar belas-artes. Estabelecida na França como autora e ilustradora, Marjane ainda voltou à narrativa de memórias no livro Frango com ameixas, baseado em relatos de seu avô. Em 2007, Persépolis foi transformado num longa-metragem de animação, que estreou no festival de Cannes.

Ficha Técnica
Título original: Persepolis (1,2,3,4)
Tradução: Paulo Werneck
Páginas: 352
Formato: 16.50 X 24.50 cm
Acabamento: Livro brochura

Selo: Quadrinhos na Cia

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