O Governo do Piauí, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-PI), instituiu, na noite desse domingo (8), o Gabinete de Crise contra Atos Antidemocráticos (GCAA). O objetivo é efetivar o conjunto de ações necessárias à prevenção, antecipação e resolução da crise instituída pela ação de grupos terroristas contra as instituições da República e contra o estado democrático de direito. O gabinete se soma a outras ações, determinadas no Piauí, para combater os atos terroristas ocorridos em Brasília (DF), com atentados ao Palácio do Planalto, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Dentre as medidas que poderão ser adotadas pelo GCAA estão a criação de um canal de denúncia por meio do WhatsApp, facilitando o compartilhamento de informações relevantes sobre os atos terroristas por parte dos cidadãos. O GCAA poderá também mobilizar policiais especialistas, conforme a especificidade da crise, para assessoramento na tomada de decisões.
Sobre o canal de denúncia, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, destacou que o Estado conta com a parceria dos cidadãos para identificar piauienses que estejam agindo contra o estado democrático de direito. “Nós iremos investigar, inclusive com canal aberto à população, por meio das redes sociais, pessoas favoráveis a esses atos e, principalmente, aqueles que participaram. O Piauí será exemplar na punição daqueles que querem atentar contra nossa democracia e manchar a imagem do nosso país”, explicou o gestor.
Outra medida do Gabinete de Crise é que as Forças Policiais que compõem a Secretaria da Segurança Pública do Estado deverão disponibilizar policiais com experiência em comando e controle para desempenhar atividades de monitoramento e orientação. Também foram designados servidores específicos para formar o gabinete. O GCAA manterá as atividades pelo tempo que durar a crise.
“É natural que todos tenham suas opiniões, que possam votar, escolher seus candidatos, defender sua ideologia, mas nós não toleraremos, a partir de agora, qualquer ato que seja violento, que atente contra o estado democrático de direito e contra as instituições da República. E, principalmente, os policiais militares, civis e bombeiros que tenham o dever de cumprir a lei e manter a ordem, se forem coniventes com atos de terrorismo, serão punidos”, afirmou o secretário de Estado da Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas.
Outras ações
Nesse domingo (8), o governador Rafael Fonteles determinou ainda o envio de parte do Batalhão de Choque da Polícia Militar do Piauí para se somar aos homens que já estão disponibilizados para a Força Nacional de Segurança, totalizando mais de 60 homens para auxiliar o governo federal, além de reforçar no Piauí a segurança de pontos, como o Palácio de Karnak e a sede da Assembleia Legislativa do Estado (Alepi).