Junho é um mês importante em relação à conscientização da população sobre ações sociais, e o dia 21 de junho é o Dia Nacional do Controle da Asma, uma doença respiratória bastante comum entre os brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, em 2021 foram realizados cerca de 1,3 milhão de atendimentos a pacientes com asma no SUS.
A asma é uma doença que afeta as vias respiratórias e apresenta sintomas como tosse, falta de ar, aperto no peito e chiado ao respirar. O pneumologista e docente do IDOMED, Daniel Messias Martins Alves Neiva, explica que a causa da doença pode ter múltiplas origens, podendo ser transmitida geneticamente ou influenciada por fatores externos, como poluição do ar, ácaros, mofo e tabagismo.
“Quando há um indivíduo com asma em casa, é importante eliminar gatilhos ambientais, removendo cortinas e tapetes, protegendo colchões e travesseiros com capas, evitando o uso de vassouras e espanadores, optando por panos úmidos ou aspiradores de pó, removendo bichos de pelúcia e buscando cessar o tabagismo, seja ele ativo ou, no caso de crianças, passivo”, afirma Neiva.
De acordo com o pneumologista, por ser uma doença crônica, a asma não tem cura, mas ainda assim é possível controlar os sintomas com medicamentos, como corticoides inalatórios, antimuscarínicos, antileucotrienos e, em casos mais graves, imunobiológicos.
Para o diagnóstico, o pneumologista explica que o paciente deve passar por uma entrevista médica e exame físico, além de se utilizar da espirometria, um exame que avalia a função pulmonar, para auxiliar no diagnóstico. “É importante ressaltar, no entanto, que esse exame pode apresentar resultados falsos negativos, o que destaca a importância de uma consulta bem conduzida para o diagnóstico adequado”, completa o docente.
Neiva também explica o que deve ser feito durante os ataques de asma. “O paciente pode apresentar tosse seca, especialmente à noite e pela manhã, falta de ar, dificuldade para respirar, dor no peito, queda na saturação de oxigênio e cianose. Nestes casos, é importante que o paciente tenha um plano de ação estabelecido junto ao médico, com o uso de broncodilatadores para aliviar os sintomas. Se não houver melhora, é essencial que o paciente busque ajuda em uma unidade de pronto atendimento ou com seu médico de referência”, finaliza.