O período mais quente do ano, que se inicia em agosto e tem seu grande ápice nos meses de setembro a dezembro, traz como reforço os cuidados com a pele. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o país deve registrar 704 mil novos casos de câncer para cada ano de 2023 a 2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que acumulam cerca de 70% da incidência dos casos.
Com maior frequência em pessoas idosas, devido ao atraso no diagnóstico, o câncer de pele teve um aumento nos últimos anos, muito ligado ao aumento do número de pessoas expostas excessivamente ao sol, com também na melhora de diagnósticos da doença. “Hoje diagnosticamos mais câncer de pele do que no passado. Temos mais conhecimento e técnicas pra diagnosticar as lesões cada vez mais cedo, com isso, realizamos mais diagnósticos por ano, precoces e tardios”, afirma a médica dermatologista da Clínica DMI, Débora de Melo .
O câncer de pele é dividido em dois grupos: o melanoma, que surge através dos melanócitos, células responsáveis pela produção da melanina; e o não melanoma, que representa 95% dos casos, e tem sua origem nas células basais ou nas escamosas. De acordo com estudos, o câncer de pele, do tipo não melanoma, é o mais incidente na população com estimativa de 220 mil novos casos.
Apesar da baixa mortalidade, uma pesquisa do Atlas de Mortalidade por Câncer – SIM, de 2019, revelou que o número de mortes por câncer de pele no país foi de 1.159 homens e 819 mulheres. No ano de 2020, o Inca registrou 2.600 mortes e estima-se que possam morrer cerca de 2.000 pessoas por ano, composto em sua maioria por pessoas idosas, que fazem sua consulta tardiamente em um estado muito avançado da doença.
E para se prevenir e seguir as devidas precauções contra os efeitos dos raios solares na pele, a dermatologista cita menor exposição ao sol e uso do protetor solar, assim como roupas e acessórios de vestimenta como os meios mais eficazes contra futuras doenças, como o câncer de pele.
E para aqueles que foram diagnosticados com câncer de pele, a médica explica que o tratamento é variável conforme a situação do paciente, mas em sua maioria o tratamento é realizado através de uma cirurgia. “O tratamento do câncer de pele, na maioria dos casos, é feito de forma cirúrgica. Apenas uma pequena parcela dos casos, após a cirurgia, necessitará de tratamentos complementares como quimioterapia e radioterapia. O seu médico vai avaliar cada caso e dependendo do tipo histológico, decidir como prosseguir”, finaliza.