O que era visto como iminente foi confirmado neste sábado: o técnico Cuca deixará o Santos após o fim do Campeonato Brasileiro, quando termina seu contrato.
Em entrevista coletiva após a vitória por 2 a 0 sobre o agora rebaixado Coritiba, Cuca voltou a destacar que a próxima temporada será de reformulação e disse que ajudará “no que for possível” na transição para o novo treinador.
“Já conversei com o presidente (Andres Rueda), o Quaresma (membro do Comitê de Gestão responsável pelo futebol). Vou cumprir meu contrato no que depender de mim. Lógico que eu entendo que amanhã ou depois o Santos tenha um novo treinador. Não tem como você ter um treinador e um segundo treinador. A gente faz a transição, eu ajudo no que for possível, e bato final no meu contrato”, disse Cuca.
O Santos analisa alguns nomes no mercado, como o de Lisca, do América-MG, mas ainda não definiu um alvo prioritário.
Cuca voltou a falar sobre o momento financeiro delicado vivido pelo Santos. O treinador entende que o torcedor precisará de paciência.
“Já falei muitas vezes até como recado para o torcedor que esse ano que vai vir é de muita paciência, que esse pessoal que está entrando é muito sério, vai organizar a vida do Santos, mas passa por uma reforma grandiosa. Tem os transferbans (punição da Fifa que impede contratações), contas para serem pagas, outros transferbans que podem entrar, e não tem uma receita para tanto. O que é a receita? A venda de alguns jogadores. Então eu sei que esses meninos valem ouro e quem vier para dar sequência vai ter um grupo maravilhoso e tirar o máximo deles como a gente tem feito”, continuou.
Cuca chegou ao Santos em agosto do ano passado e conseguiu levar o time à final da Libertadores, sendo derrotado pelo Palmeiras. Restam três jogos na atual temporada. O próximo é um confronto direto na briga por uma vaga no torneio sul-americano contra o Corinthians, na quarta-feira, novamente na Vila Belmiro.
Mais respostas de Cuca:
Análise do jogo contra o Coritiba
“Um jogo bem jogado de nossa parte. Sabemos que tem que ter calma, paciência, trabalhar a bola e ter velocidade e uma marcação forte no campo de ataque. E isso tudo a gente fez ao longo da partida. Claro que alguns momentos não consegue-se, também joga contra um rival que tem importância no jogo, mas acho que merecemos vencer. Depois de algumas partidas sem vencer é uma vitória que nos coloca num oitavo lugar, que pode ser que nos leve a uma pré-Libertadores, mas ainda tem três partidas para confirmar essa classificação. Todo jogo tem um caráter decisivo”.
Contas para Libertadores
“Não sei (quantos pontos precisa). Esse campeonato está meio maluco, lá em cima está acontecendo cada coisa, lá embaixo ninguém imaginava o que tá acontecendo. Então não tem como imaginar quantos pontos, cada jogo é uma situação”.
Confronto direto contra o Corinthians
“Não temos que pensar em vencer só porque é um clássico, mas porque é um jogo importante, decisivo, que nos deixa mais próximo do nosso objetivo, então temos que medir tudo isso. A gente está contente com o grupo, mesmo com a perda de Libertadores, com a perda de jogadores importantes. Hoje temos que comemorar 250 jogos do Pará com a camisa do Santos, que é um orgulho para todos. A gente fica feliz de ter um jogador com a liderança que ele tem. O pessoal soube passar o momento ruim, empatamos fora com o Grêmio, com o Atlético-GO, hoje ganhamos jogando bem, o que te encaminha para terminar bem o Brasileirão.
Contestados Laércio e Jean Mota
“O Laércio foi um dos melhores, se não o melhor. Não é fácil o jogador vir de outro centro, vestir essa camisa, de jogadores tão importantes que tinham e que tem. Tudo requer tempo. O Jean Mota hoje, se tivesse torcida, certamente quando eu coloquei iriam xingar, como certamente na transmissão fizeram, mas eu não ligo para isso. O jogo pedia isso. Eu estava perdendo o meio de campo e o meu meia, um dos mais experientes, era o Jean, e ele entrou bem. Teve duas situações de gol, organizou mais o setor. A gente utiliza os que estão aí”.