Diego Armando Maradona morreu nesta quarta-feira, 25, ao 60 anos. O ídolo argentino sofreu uma parada cardiorrespiratória em sua casa em Tigre, na região de Buenos Aires, na Argentina, no final da manhã. Várias ambulâncias foram até a residência, mas ele não resistiu. A morte foi anunciada por vários jornais locais e pela TV pública do país no começo desta tarde.
O ídolo argentino havia dado entrada no hospital no dia 2 novembro, poucos dias depois de completar 60 anos, para uma cirurgia no cérebro. Ele recebeu alta 10 dias depois para iniciar tratamento contra o alcoolismo. Por causa da recuperação, Maradona estava afastado do comando do Gimnasia y Esgrima La Plata.
Maradona deixa cinco filhos e quatro netos. Segundo o próprio advogado de Maradona, ele ainda teria mais três filhos não reconhecidos.
Considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos, o craque argentino começou a carreira no Argentinos Juniors. Ele ainda teve muito destaque com as camisas do Boca Juniors, Barcelona e Napoli. Na seleção argentina, o camisa 10 foi o grande nome da conquista do bicampeonato mundial na Copa do Mundo de 1986.
“Até sempre, Diego. Será eterno em cada coração do planeta do futebol”, escreveu o perfil da seleção argentina no Twitter.
Além da genialidade dentro de campo, o “Dios”, apelido que ganhou dos fãs, colecionou polêmica. Na Copa do Mundo de 1994, ele foi flagrado no exame antidoping com a substância efedrina após a partida contra a Nigéria. Três anos antes, quando ainda jogava na Itália, o doping aconteceu por causa do uso de cocaína. Ele chegou a ser condenado a prisão, mas pagou uma multa e voltou para o futebol argentino no começo da década de 1990.
Ainda durante o período que defendeu o Napoli, os relatos dizem que Maradona se envolveu com a máfia da região e sempre teve a proteção deles para comprar e consumir drogas, além de poder curtir as baladas tranquilamente. No Mundial de 1986, a idolatria dos torcedores napolitanos ficou claro quando muitos torceram pela Argentina por causa do camisa 10. Foi nesta Copa que Maradona marcou um gol de mão contra a Inglaterra, a que ele chamou de “la mano de Dios (“a mão de Deus”, em tradução)”, além do antológico gol driblando metade do time inglês após uma arrancada do meio de campo.
Maradona encerrou a carreira no Boca Juniors em 1998 após passagens por Sevilla e Newell’s Old Boys. O ídolo tinha um camarote na Bombonera e passou a ser figura presente nos jogos do time argentino em casa. Ele se aventurou na carreira de treinador e chegou a comandar a Argentina na Copa do Mundo de 2010, quando a equipe foi eliminada nas quartas de final.