Por Cândido Gomes e Marcelo Costa
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Dando sequência as entrevistas aos candidatos que disputam esse ano a vaga de governador do Estado do Piauí, SERTAO.ONLINE conversou com Gustavo Henrique, do Patriota. Uma de suas principais garantias foi de que seu plano de governo, caso seja eleito, será cumprido, caso contrário deixará o cargo. E isso fez questão de registrar em cartório. “Pesquisei e não encontrei ninguém que já tenha feito isso”, diz. Na entrevista, o candidato reconhece que as missões não são fáceis, mas são possíveis de serem executadas, “basta vontade”. Gustavo Henrique falou de como deve tratar a educação, saúde, segurança e a industrialização, que, segundo avalia, é o principal caminho para o reerguimento econômico do Piauí. Confira a entrevista:
Todos os pré-candidatos ao governo do Estado que entrevistamos respondem inicialmente à seguinte pergunta: quais suas características que ele agradeceu a ser o próximo governador do Piauí?
Primeiro, combate à omissão. Como cidadão e oriundo dos movimentos estudantis, até porque eu fui levado por conta das dores tomadas dos outros em sala de aula, por exemplo, me fizeram um pouco ser o que eu sou hoje. Eu sou uma pessoa combativa, mas à medida que você vai adquirindo experiência, não é que você vai deixando de ser combativo, mas você passa a analisar melhor as estratégias para você exercer um bom combate. Então, o que me credencia é isso, a não omissão. Eu sou contra a omissão, acho que as pessoas de alguma maneira reclamam demais e fazem pouco para mudar, não é? Mudar um aspecto pontual, seja ele qual for, mas você tem que perseguir a mudança para que você não fique perpetuando uma crítica vã, sem nexo e sem sentido. Então, a experiência que a gente foi adquirindo, a gente passou por alguns momentos na vida pública, exerci algumas funções, convivendo também com muitas pessoas experientes, pessoas que exercem ou exerceram algum mandato eletivo, pessoas da área pública, como servidores públicos bem qualificados, pessoas que de alguma maneira ou de outra foram me dando alguns nortes. Quando eu digo alguns nortes por conta dos temas, são muitos e variados, que nós devemos trabalhar para melhorar um pouco mais o nosso Piauí. Quando eu digo melhorar é porque nossa gente é que vem melhorando ao longo do tempo, mas as questões estruturais, as questões, como eu digo sempre, os pilares básicos da nossa sociedade, precisam, sim, de fato de uma atenção melhor para que de fato haja uma mudança real, e não só de discurso, um aproveitamento aqui e acolá de um momento, não é, que às vezes incendeia alguma situação favorecendo alguém. Não, a gente precisa, sim, ter uma visão melhor de sociedade. Acho que os governantes que passaram nos últimos anos no Piauí, claro, respeitando o estilo, o jeito de ser de cada um, até porque alguma coisa o fizeram levar lá o voto, naturalmente. Mas de alguma maneira, eu estou aprendendo agora ainda mais esse processo eleitoral que alguns caciques que ainda entendem que eles aqui determinam os personagens que devem participar desses processos, dessa construção, entre aspas, de ocupação de espaço. Quando você olha para o lado é alguém ocupando o espaço de um familiar que já exercia o mandato. Quando você olha para o lado, o outro lado, é alguém que quer passar o bastão, mesmo não sendo da família, mais é do bolso. E você olha mais um pouquinho para o lado aí você observa alguém que se diz que saiu de uma prefeitura com um alto índice de aprovação e por conta, e aí eu entendo que houve um pouco de comoção quando um governante, ainda mais uma cidade como é a nossa Teresina, que congrega pessoas não só da terra da natividade, nascidas aqui, mas de várias regiões do Piauí e também de outros estados. Existe um momento de comoção quando um líder eleito pelo povo, até então, disse que vai sair do cargo, por exemplo, de prefeito e vai para uma disputa, uma outra disputa majoritária. Então, eu entendo que existem nuances quando você vai fazer uma pesquisa qualitativa. E isso tem sido pregado muito nesse momento, e a gente está aí para se contrapor a isso. Então, o que me credencia essa vontade mesmo, real, de trabalhar algumas políticas que deveriam já ser há muito tempo de Estado e não de governos personalistas. A gente precisa despolitizar algumas áreas do Estado para que a gente faça mesmo acontecer a eficiência, o resultado, que é o retorno para o contribuinte de alguns serviços, como é a questão da segurança, que é um tema recorrente.
Como o senhor pretende trabalhar temas como a Segurança e a Educação?
Entra e sai a eleição, o tema segurança, se você fizer uma pesquisa de opinião pública é um tema bastante acentuado. Porquê? Porque estamos vivendo o advento da ascensão das drogas, destruindo parcelas dos nossos componentes, da nossa sociedade, destruindo famílias. E isso precisa ser atacado de frente. Agora, precisa ser atacado não só no discurso, mas com ações efetivas. Educação. Eu até disse numa entrevista em uma rádio que eu não gostaria de ser um governador construtor de escolas não, porque eu entendo que nós já temos edifícios escolares até demais. Inclusive, recentemente inaugurados e inclusive fechados. E eu gostaria de ser o governador que vai requalificar as estruturas da educação. O Estado tem aí alguns precatórios, alguns já recebidos em conta, outros via receber, da área da educação. E eu até sugeri para o ex-governador, que agora será candidato ao Senado, que investisse mesmo era na requalificação dessas estruturas educacionais, colocando a energia solar, melhorando os laboratórios e investindo no esporte educacional. Porque o esporte agrega, ele atrai, ele tira, ele motiva. Quando ele tira, ele tira da linha da marginalidade ou da cooptação do jovem. Então, usar melhor essas estruturas escolares para que a sociedade tenha mais acesso. Agora, requalificando bem, construindo aquilo que tem que ser feito dentro de uma estrutura existente, que nós temos escolas que talvez ainda não têm um ginásio se quer. A gente precisa colocar essas estruturas dentro de uma unidade escolar, mas dar também condições que a sociedade, paralela a isso, usufrua. Então, as escolas elas devem ser realmente abertas de forma plena, claro, com responsabilidade, mas qualificando, requalificar essas estruturas já edificadas e valorizando, naturalmente, todo o profissional da educação. Eu sou filho e neto de professores. Tenho tios professores, a minha mãe é professora universitária. Eu já fui estudante da Uespi, minha mãe é professora, Doutora em Ciências Sociais, professora Maria do Carmo, e se aposentou recentemente, não porque quisesse, mas outras atividades a chamaram, até porque quase dez anos sem uma recomposição salarial, porque o problema não é só você reivindicar um aumento, um aumento real. O que é o aumento real? É a recomposição inflacionária monetária com alguma coisa a mais, um plus a mais na valorização remuneratória de um profissional. E aqui especificamente, não houve isso, ao longo desses últimos anos, se quer a recomposição salarial do professor, principalmente da Universidade Estadual do Piauí, e minha mãe se aposentou. Se não fosse alguma outra atividade, uma outra situação, ela estaria dentro da estrutura, dentro da cultura de vida dela, estaria um pouco mais prejudicada. E é por isso que eu entendo que a Uespi precisa ter autonomia administrativa-financeira. Eu já conversei com diversos reitores, conheço parte da estrutura da Universidade Estadual do Piauí, até porque eu participei de um governo que foi, assim, alavancador, que mais interiorizou, a Universidade Estadual do Piauí, que foi nos idos dos anos 90, quando eu fui assessor do então governador e hoje prefeito de Parnaíba, Mão Santa. Foi uma oportunidade ímpar que eu tive de exercer essa função, sem indicação política. A minha indicação foi a minha militância e a minha atividade política em prol de uma construção de um grupo político e aí, dentro desse contexto, ao passar desses anos, além de ter sido estudante da Universidade Estadual. Hoje o reitor e seus auxiliares, eles recebem, por mais que sejam bem intencionados, que tenham bons currículos, além de receber os seus salários, eles ficam imaginando o que é que vão ter para administrar, para planejar. Hoje, a universidade estadual não tem a menor condição de fazer um planejamento mínimo, porque não tem como executar. Então, como é que se motiva isso? Como é que você consegue manter uma estrutura onde o reitor está preocupado primeiro em pagar a conta de energia? Lembra que eu falei de energia solar? Esses precatórios sempre sendo colocados nas escolas geraria uma economia para o estado tremenda, porque teria demanda em troca, ou seja, a produção de energia solar nas unidades escolares talvez desse para suprir todas as necessidades da estrutura pública governamental do Estado do Piauí, e com isso você teria um retorno maior em caixa, dinheiro futuro de sobra para investimentos. Tudo uma questão de lógica. Óbvio que quem tem energia solar em casa faz algum encontro de contas, você tem um planejamento, você vai ter ali um alívio no seu orçamento futuro, e no Governo do Estado seria isso. Então, Universidade Estadual do Piauí, para mim, precisa de autonomia administrativa- financeira, tem que ir o orçamento todo ano para a Assembleia. A universidade tem que saber o que é que ela vai ter. E aí, é claro, os órgãos de controle, o governador, em conjunto com o reitor, fiscalizar, olhar, trabalhar para uma melhor qualidade do ensino superior. Aí eu volto para o ensino médio, que é obrigação também do Estado. E aí é a mesma coisa. A gente precisa ter um planejamento executivo melhor em relação à educação. Eu não vou aqui dizer que os secretários que passaram foram mal intencionados. Eu seria até leviano. Eu não entendo uma pessoa entrar logo de cara com má fé, não. Não é assim, mas só que a gente precisa despolitizar a educação, a saúde e a segurança, doa a quem doer. A gente não pode estar aqui à mercê da intenção de um político, por mais que ele seja competente, porque ele vai acabar tendo uma visão passional. Se eu boto um deputado numa secretaria dessas, ora, você já andou em repartição, porque já foi secretário, qual é a cultura que nós temos aqui, eu estou na recepção, na iminência de ser atendido por um secretário, mas se chegar a qualquer hora um deputado, um prefeito, um vereador, ele passa na minha frente. Não é que a liturgia do cargo não deva existir, deve. Mas eu acho que tem um momento político e tem um momento em se institucionar o executivo da presteza do serviço. Então, isso aí é um retrato de como se dá a atenção em uma secretaria, como a educação, saúde, segurança nessa questão do pilar, de ser os pilares da nossa sociedade, que precisa ter políticas de Estado, como eu falei, não é que não exista político competente. Eu entendo que a maioria é competente, mas passa a ter uma visão passional. Não tem jeito. Eu vi e convivi e sei que isso acontece. Então, é colocar em comunhão, e quando eu digo em comunhão é com os servidores de cada pasta, para a gente adequar um perfil de um futuro secretário. Não é que o servidor vai indicar, não é isso. Claro que passa pela mão do governador. Ele precisa ter gestão sobre, também, o que o secretário vai fazer, até porque ele vai implementar políticas e ações que o governador assim tem dentro do seu planejamento. Claro, discutido. Eu tenho maturidade suficiente para ser convencido de quando eu estou errado. E para isso a gente precisa ter uma atenção primária. E aí a gente coloca um técnico, um perfil de um alguém que vai executar um planejamento legal. Agora, se ao final de quatro anos esse técnico resolveu entrar na política, parabéns pra ele, se ele colheu o resultado do trabalho dele. Mas numa eventual reeleição, eu sendo governador e de repente ser reeleito, ele não volta pra lá. Ele só voltará se ele deixar a política de lado para poder exercer a função de fato de secretário, para exercer e implementar política de Estado. O Piauí na segurança pública, nós temos hoje na Polícia Militar algo em torno de aproximadamente 5 mil e 500 homens e mulheres na PM. A Polícia Militar nós sabemos que é para fazer o policiamento ostensivo e preventivo, tem os núcleos de inteligência e a Diretoria de Inteligência tem outras, digamos assim, tem outras diretorias que fazem parte da Polícia Militar, que dão suporte às ações da Polícia Militar, mas nós não temos um efetivo suficiente e nem estrutura suficiente para se fazer um policiamento, como se deve fazer. Eu até rendo aqui homenagens aos nossos policiais militares, porque fazem, se desdobram o máximo possível. Um policial militar que chega a vender sua folga para poder, além de melhorar, claro, o orçamento, porque quem não quer ganhar um dinheirinho a mais de forma honesta, é óbvio, mas vejo um policial que tem 24 horas o turno. Pela lei, ele deve folgar em torno de 72 horas. Era para folgar, mas ele vende a folga. Aí sai de uma cidade como Floriano, vai para Bertolinia, que tem uma certa distância. Quando é que o policial vai estar com a família? Quando é que a policial vai recompor-se fisicamente e mentalmente? Eu digo isso porque eu estive agora recentemente na região. Tem um GPM bacana, bonito. Existe até um convênio, há compra de folga de policiais, mas é humanamente impossível você ter a ação plena de um policial efetivamente. Agora, eu rendo também homenagens ao povo do Piauí, porque agora eu vi mesmo que ele é temente a Deus, porque cumpre o mandamento, um dos dois dos mandamentos que foi enviado através das tábuas de Moisés, que é não roubar, não matarás. Então, as cidades são muito pacatas, o povo, nosso povo, é muito temente a Deus. Isso aí são questões de valores que colaboram para o controle social. Mas se tivesse em Bertolinia uma unidade bancária, um Banco do Brasil, por exemplo, um banco sei lá, eu acho que já teria virado o que nós já vimos diversas vezes pelos meios de comunicação, cenas grotescas muito parecidas com cenas do bang-bang no Velho Oeste. Infelizmente, mas a gente precisa trabalhar um concurso. Não dá para você fazer um concurso para 15 mil homens e mulheres de imediato. Não vamos fazer paulatino, até porque nós não sabemos como poderemos encontrar o Estado, mas temos que ter uma noção dentro do que é, digamos, ser colocado dentro da transparência. As informações que nós temos. Então, a gente precisa fazer um planejamento de quatro anos de um concurso de 3.500 homens e mulheres para PM. Eu não quero ser um futuro governador que vai estar na frente da televisão anunciando um edital de concurso. Não que isso não seja importante, é importante, mas isso tem que ser rotina, não é para um governador está anunciando como se fosse um grande feito. Não, é rotina, recomposição de efetivo para poder chegar a quatro anos nós termos, no mínimo, esses 15 mil homens e mulheres, porque ao final desse processo de quatro anos de 3.500 homens, quantos policiais não terão tombado, se aposentado, infelizmente saído por conta de problemas administrativos? Porque, infelizmente, são pessoas humanas. Aqui e acolá, um policial comete uma falta grave. Mas, no cômputo geral, a gente precisa fazer esse processo de planejamento para que a Polícia Militar passe a ter realmente nos seus quadros um efetivo mínimo para que a gente possa ter o Piauí coberto. Isso vale para a Polícia Civil, para o Corpo de Bombeiros. Polícia Civil precisa ter algo em torno de 8 mil homens e mulheres para que a gente possa ter ao menos as delegacias funcionando. Tem cidade que não tem uma delegacia, tem cidade que tem delegacia que praticamente virou peça de museu. Então, a Polícia Judiciária, ela precisa estar presente em todos os municípios. É claro que com um reforço maior nas regionais, porque não dá, por exemplo, a você ter uma estrutura do IML, do Instituto de Criminalística, em cidades muito pequenas como Miguel Leão, um exemplo aqui mais próximo de Teresina. Não dá para ter em Agricolândia, mas dá para ter uma situação melhor ali próximo dessas cidades, ali em Água Branca, por exemplo, dá para ter uma estrutura que dê eficiência e cobertura regional, embora estejamos ali próximos da capital. Mas eu acho que você precisa dar condições as coisas acontecerem, porque só Teresina a demanda já é grande. Então, a gente precisa regionalizar e fortalecer determinadas estruturas para que esse serviço funcione de fato para a população. O bombeiro não dá também para a gente colocar a estrutura do Corpo de Bombeiros Militar em cidades muito pequenas, porque são estruturas caras. Mas dá para a gente fomentar as brigadas de combate e prevenção aos incêndios e defesa civil. Aí entraríamos Governo do Estado com as prefeituras, fomentando esse tipo de criação supervisionada pelo Corpo de Bombeiros. Campo Maior não tem sequer um agrupamento militar do Corpo de Bombeiros. Uma cidade referência, é um cidade regional. Então, a gente precisa colocar o Corpo de Bombeiros efetivamente em Campo Maior e fomentar no seu entorno, nas cidades como Coivaras ou Jatobá e outras mais próximas para que possam ter suas brigadas. E assim a gente ter de alguma maneira uma prestação melhor desse serviço e fomentando até uma mão de obra que está aí. O bombeiro civil. Quantas pessoas já não andaram fazendo esses cursos? Desse novo profissional, quando eu digo novo, novo aqui para o Piauí, mas o bombeiro civil ele já existe já há muitos anos em outras cidades e outros estados. No Piauí é uma coisa um pouco mais nova, mas a gente precisa levar isso para os municípios menores, mas atrelados pelo Corpo de Bombeiros. Um concurso anual para o Corpo de Bombeiros de 1.000 e 200 a 1.000 e 400 profissionais militares futuros, para que a gente possa fortalecer o efetivo na capital e no interior de forma regional. Dentro desse layout que eu acabei de colocar, fomentando a criação das brigadas e tendo regionalmente a supervisão do Corpo de Bombeiros, até auxiliando, se for o caso, dentro de uma supervisão, essas brigadas. E a mesma coisa os Institutos de Criminalística e o IML, de Medicina Legal. Para ter uma ideia, quando acontece um problema que precisa de um laudo conclusivo em Uruçuí tem que demandar em Floriano, isso não pode. Nós temos que ter estruturas mínimas dessas áreas do IML e do Instituto de Criminalística de forma regional para que possa atender a demanda das cidades circunvizinhas e quando levam ao Hospital Regional de Floriano. Então, assim, não é um local em tese. Preparado para poder ajudar em uma investigação. Tem que ter coisas específicas voltadas para auxiliar esse processo que se inicia de investigação, seja de acidente, assassinato, enfim, roubo, furto. Mas precisa se ter estruturas qualificadas mínimas, e concurso para essas instituições também, que são atreladas a segurança, para perito médicos e pessoas de diversas áreas que envolvem o físico-químico, o engenheiro dentro de uma perícia, para quem não sabe, tem que ter esses profissionais, porque é dali que surge, dentro do processo investigatório, a elucidação de crimes que até bem pouco tempo seriam quase insolúveis. Mas se você estrutura bem essas áreas, você consegue desvendar muita coisa. Pelo menos você vai dar vazão à grande demanda reprimida que nós temos hoje no Piauí. E a saúde, a gente precisa fortalecer regionalmente. Eu não sou contra a ambulância, mas eu sou contra a ambulância-terapia e você trazer um problema de uma cidade para outra. Se daria para resolver lá pelo menos de pequena e média complexidade. E aí o Estado precisa cumprir sua responsabilidade. Qual é? As suas contrapartidas. Isso não é de agora, já desde muitos outros governos, mas há esse problema dos repasses do que é de direito aos municípios por parte do Governo do Estado. Isso precisa ser resolvido e o Estado precisa auxiliar os municípios, sim. Agora, eu acho que começaria auxiliando os municípios, fortalecendo os hospitais regionais com equipamentos com mais profissionais. A valorização remuneratória eu vou voltando aqui de novo para a educação. Professor precisa ser bem tratado como todos os servidores de uma maneira geral. Agora você está de forma transparente com todo mundo dizer o que é que o Estado tem e o que é que o Estado pode fazer. Eu acho que é por aí. Quando você tem um diálogo franco com os seus e naturalmente que os seus passe até lhe respeitar mais. Não há argumento melhor do que é você ser transparente. Qual é o custo que isso tem? Custo? Pelo contrário, é um ganho com isso. Então, você tem que fortalecer regionalmente a saúde.
Que outros aspectos podem ter influência na melhoria do serviço de atendimento em saúde?
Durante essa entrevista a uma rádio, uma ouvinte ligou dizendo que queria levar a família para vacinar, mas estava sem condições, porque os ônibus, os horários não estão sendo cumpridos. Olha, esse problema já está se arrastando há um pouco, embora haja uma com a competência maior, ou seja, do município, no caso de Teresina. Mas esse problema já está se arrastando já há muito tempo e o povo está cansado de ficar e esse empurra-empurra com a barriga. Aí o que é que o Estado poderia já ter feito? Ora, há quanto tempo nós temos o nosso trem de superfície, famoso pré-metrô, que foi ainda idealizado e iniciado ainda pelo saudoso e memória Alberto Silva? Tive o privilégio de conviver um pouco com ele e trabalhar com ele, inclusive tão cedo. Quantos governos já não passaram e não poderia ter se expandido sua malha férrea urbana de Teresina, governos alinhados a nível nacional com o Governo do Estado. Mas existe outras demandas, prioridades nossa. Mas se você for parar para analisar que foi trabalhado mesmo dessas prioridades, eu acho que depende do foco do gestor em você colocar pessoas capacitadas para determinadas áreas e essas pessoas terem visão e irem atrás de cumprir metas. Então, nós temos aí, desde a Constituição de um parâmetro para cá e lá se vai. E quanto tempo vamos? 80 para cá? Vai o quê? 40 anos, praticamente. E não houve uma expansão da malha a não ser ali na Avenida Maranhão, que foi iniciada no final do governo Mão Santa. Aí pegou um pedaço do governo do Hugo Napoleão, que aquele governo curto ali do Napoleão e finalizado ali detalhes. No primeiro governo do governador e agora candidato ao Senado Wellington Dias, houve mudança de projeto da estação ali do lado do que é hoje o Shopping da Cidade. Enfim, então são coisas que precisamos ter visão de clareza as coisas. O que pode ser bom precisa avançar. Então, você tem que colocar pessoas capacitadas, pessoas comprometidas com a causa e estabelecer metas, dar os caminhos para que as pessoas possam perseguir de fato a conclusão desses objetivos. Então, dentro dessa estabilidade do Governo do Estado, eu pretendo, sim, fazer com que esse parâmetro avance. E dá para avançar não só de forma marginal. Quando eu digo marginal, margeando a cidade para fechar pelo menos uma grande círculo, pegando a Maranhão. Quem sabe nós tem tendo a competência de convencer naturalmente o Governo Federal, independentemente de quem venha a ser o presidente da nossa nessa cidade da mobilidade urbana desse auxílio. Num primeiro momento pegar ali a Joaquim Ribeiro, subindo rumo a Miguel Rosa, mas fazendo aí um apanhado, pelo menos nesse primeiro momento, fechando, margeando Teresina, colocando esse trem de superfície para atender, pelo menos de forma universal, essa estrutura do comércio mais pujante da nossa capital, e assim facilitando a vida de quem vive aqui. Ônibus e o Governo do Estado, podendo ajudar dentro da sua competência, é óbvio, estará ajudando, e estarei. E caso vença, nós estaremos ajudando o município de Teresina, independentemente. Eleito governador eu serei governador de todos. De nichos políticos, não. Até porque a gente precisa agregar. E se você desempenhar um trabalho bom para todos, vai ser reconhecido E quem não era Gustavo Henrique poderá passar a ser Gustavo Henrique. Por um reconhecimento ao feito, ao trabalho. Até porque quero eu irei inovar. Eu irei registrar um plano de governo em cartório, onde eu assino minha renúncia em caso de descumprimento desse plano de governo. Eu falei aqui de concurso, falei da requalificação das estruturas da educação estadual, falei da universidade estadual, falei da saúde e comecei a falar um pouquinho de mobilidade urbana. E tudo isso está contemplado no nosso plano de governo. O agronegócio e a agricultura familiar. Elas não podem estar no mesmo esteio, no mesmo patamar, o agronegócio. Ele gera muita riqueza, mas essa riqueza ela não é partilhada com um do Estado do Piauí. E como é que isso pode ser partilhado? A partir do momento que se fomenta a industrialização, o beneficiamento dos grãos que são plantados e colhidos no Piauí e vão embora, indo embora com o dinheiro também que ganham com isso. Está indo embora. Eu queria saber, com todo respeito aos grandes produtores dos cerrados, os grandes, mesmo produtores que ganham muitos dólares, fazem de benefício para o nosso Estado? Porque hoje as colheitadeiras são no controle remoto. Então, por isso que gera pouco emprego, gera muito dinheiro, mas gera pouco emprego. E aí a gente precisa sentar à mesa com esses produtores para que eles possam também nos ajudar no fomento da industrialização da região para beneficiar o que é produzido ali. Nós precisamos sentar à mesa com todos os interessados e o maior interessado é o governo do Estado, que representa o povo do Piauí. A gente precisa fazer valer um governo com credibilidade, com visão de largueza, olhando para a frente, para que a gente possa realmente trazer o que tem que ser feito, o que tem que ser trazido para isso vai para regiões polos, como é o caso dos Cerrados. Não sei se fala tanto da Transnordestina. A conclusão dela é o que é que vai acontecer num primeiro momento. Após a conclusão dela nós vamos ver mais uma vez a nossa riqueza indo embora, o minério. Alguma coisa da produção agrícola indo embora, efetivamente. Muito pouco vai ser feito para agregar valor. Então, a gente precisa rapidamente pensar em fomentar a industrialização nos pontos de passagem da Transnordestina pelo Piauí, para que, em vez de levar a nossa riqueza, leve outra riqueza mais beneficiada para gerar dividendos, gerando emprego local e assim a gente poder mudar o quadro social econômico de algumas regiões por onde passa a ferrovia.
No lançamento da sua pré-campanha o senhor falou que o Piauí precisa de uma nova construção social, uma reconstrução. Como chegar lá?
Bom, eu acabei de dar um ensaio aqui e a gente precisa potencializar Parnaíba. Quando você vai ver a história de Parnaíba, quando a igreja foi referência, inclusive no mundo, quando eu digo no mundo ali, no final do século 19, e no século 20, o mundo era a Europa, e os Estados Unidos, engatinhando. Há uma democracia jovem ali no Brasil, o império colonial, o império, o início de uma República. Mas Parnaíba era ponto de passagem econômica, inclusive para entrar mercadorias industrializadas advindas da Europa. Boa parte entrava por Parnaíba, pelo Rio, pelo nosso litoral. Mas o desembarque dos produtos era no famoso Porto das Barras. Então, quando você vê ali o contexto histórico, econômico, social, o que aconteceu foi o que aconteceu. Faltou visão governamental à época ou futura, porque o governante precisa também governar olhando para o futuro. Olha, se eu fizer essa atitude aqui, vai gerar uma consequência daqui a 15 anos ali. Alguém imaginou que a falta das eclusas de Guadalupe mataria o rio Parnaíba? Talvez no primeiro momento, não. Mas nós estamos sofrendo hoje as consequências da falta da conclusão das eclusas E aí fica o nosso pedido, inclusive para quem está nos assistindo, aos nossos parlamentares. Não é entre o governo Lula, governo Dilma, Bolsonaro ou um ministro. Ou será que ninguém lembrou da conclusão das eclusas de Guadalupe para poder melhorar a vazão da água, para que o rio pudesse dar uma nova, digamos assim, uma revitalizada? Não digo que volte a ser plenamente navegável, mas para minimizar um pouco o que esses prejuízos que estão ocorrendo ao longo de décadas depois da construção da barragem de Boa Esperança. Claro que a barragem trouxe melhorias de qualidade de vida para nossa gente, tanto no Piauí como no Maranhão, que foi a produção de energia elétrica. Mas veja como é que são as coisas hoje. As usinas eólicas e as usinas solares geram muito mais energia agora do que a do que Guadalupe. Então, tem que ter planejamento futuro. Meu pai sempre gostou de mexer com coisas diferentes, coisas que à época diriam nos dias de hoje que ele era um cara muito visionário, mas meu pai mexeu com energia solar, mexeu com energia eólica, em parceria com o Dr. Alberto Alberto Silva e tudo. Alberto dizia que o meu pai era um dos poucos que ouvia. Os dois viajavam juntos no futuro. Meu pai chegou a colocar, graças ao Dr. Alberto, numa fazenda do Dr. Alberto, ali já atravessando para quem vai para a Pedra do Sal, na Santa Rosa, com ar condicionado. Já o solar, quanto mais quente fora, mais frio ficava dentro. Uma coisa assim, de combinação de elementos químicos, foi colocado um gerador eólico lá também. Então, foi feito certas situações que naquela época eram muito caras. Mas com a evolução da tecnologia e com o foco do homem também, porque às vezes, quando você está aqui com um aparelho e um celular, lança um modelo. Aquele modelo novo, modelo super caro, você não está ali, não vale realmente. Se você for colocar na ponta do lápis seus componentes, não vale aquele absurdo que alguém paga. O consumidor paga, mas o que tá agregado num lançamento? A vaidade tá agregado. O tempo de pesquisa para a evolução tecnológica que a empresa investiu até chegar ao preço final do produto que com dois anos cai vertiginosamente de preço. Porquê? Porque o mercado já conseguiu pagar para aquela empresa? O que foi gasto durante a pesquisa e a evolução do projeto daquele determinado equipamento. Então, já se sabia que no futuro nós iríamos ter carros elétricos rodando nas nossas cidades. Mas na época que se pensou nisso era um absurdo. Ninguém imaginava, até por conta dos custos. Mas a gente precisa ter essa visão de futuro. As visões do governo, elas têm visão de futuro. É mais voltada para as consequências das ações tomadas. Então, quando eu falei de Parnaíba, o próprio paraibano ele é saudoso nisso. Por isso que costumo dizer que, das cidades do Piauí, o paraibano talvez seja o mais bairrista porque viveu no passado o momento áureo, ou seja, um momento brilhante e reluzente econômico social. Mas esqueceram de planejar o futuro. Você acha que os árabes já não estão pensando de quando acabar o petróleo? Claro que estão. Você vê aí. Dubai se gasta tanto dinheiro construindo cidades, ampliando o país e todo mundo e sem visão de largueza e muita ostentação. Mas eles estão colocando o que eles ganham no mundo através da venda ainda do petróleo. Se colocando em pré-venda. O futuro, então, precisa ser no Brasil e especificamente aqui, no caso do nosso Estado, pensar no futuro. Porto seria interessante, mas a viabilidade de um porto hoje nós somos prensados pelo Maranhão e pelo Ceará. Então, o governo federal para investir mais do que já foi investido, e foi muito dinheiro já investido, em um porto que não saiu, não deu resultado talvez não se transformasse nos um porto de cabotagem, um porto de passagem turística. Mas para poder levar a mercadoria, nós tínhamos que revitalizar a nossa ferrovia. Ora, acabaram com a nossa ferrovia e não é culpa dos governos em si, estaduais, não é culpa também dos governos federais, porque, por conta do lobby excessivo das grandes montadoras, o Brasil tem a sua planta econômica em cima de rodas. Então, esses outros modais, a ferrovia, hidrovia, até a própria aeroviário, no caso do transporte de cargas ela ficou muito compactada. Houve uma melhorada e nos últimos tempos, em algumas áreas regionais, aí houve. Mas ainda não foram suficientes para poder baratear o custo final. Então, nós estamos vendo esse problema dos combustíveis afetando o preço a todo momento. Essa queda de braço de quem é a culpa? Agora, quem não pode estar padecendo é o povo brasileiro. Quando eu digo brasileiro massa não é ideológica, porque o brasileiro quer renda, dinheiro para pagar sua prestação e poder comer um bom arroz, um bom feijão, botar uma carne na panela e poder dar uma melhor qualidade de vida para sua família. Quantos pais e mães aí estão hoje desesperados por falta da oportunidade.
Em nenhuma das pesquisas divulgadas até o momento, o senhor está entre os primeiros colocados. O senhor acredita que é possível virar esse jogo ou essas pesquisas não merecem credibilidade?
Olha. Eu já até participei de institutos de pesquisa e a gente sabe que isso é um jogo. Não vou aqui descredibilizar nenhuma. Mas quando a gente analisa friamente, cada instituto, inclusive, eu entrei na Justiça contra até meu amigo meu de colégio. Primeiro, eu liguei para ele para informar que eu iria entrar na Justiça por conta da ausência do meu nome. Instituto foi o opinar. O Rodrigo é um cara sério, mas o cliente é quem diz. Como é que a pesquisa, na hora das perguntas omiti o meu nome? Só colocavam quatro nomes e um foi só. O de outros pré-candidatos também. Eu entendo que no ano eleitoral, quando um partido oficializa um nome como pré-candidato, aí eu acho que deve se colocar obrigatoriamente os nomes dos pré-candidatos oficializados. O argumento que se dá é que o cliente é quem determina. E há uma jurisprudência até o momento realmente referendado. Isso porque quem contrata, quem diz quais nomes, como quer as perguntas da pesquisa, só que a jurisprudência não é engessada. A gente pode lutar para mudar, por isso que disse que iria entrar na Justiça. E a partir de então, eles começaram a pôr meu nome porque eu expliquei olha, eu acho que está errado. Se tem uma natureza estratégica de comprimir, de compactar as outras pré-candidaturas, não divulgando os percentuais, ou então colocando para o público o eleitor como se nós não existissem. Realmente mexe no imaginário, no psicológico. Quando eu fui candidato a senador em 2014, quando eu cheguei a pontuar 13, 14 por cento. E aí me permita nesse momento, não dizer os nomes, porque teve até um que confessou, digamos, o crime entre aspas. Isso olha, nós pesquisamos e você realmente estava crescendo, crescendo, mas não resolvemos divulgar em massa pela queda, para compactação, para poder, realmente, se possível, era até zerar. Mas não conseguiu diminuir para poder favorecer o nosso candidato. Então, como eles tinham a sensação sobre alguns meios de propagação? Realmente, essa estratégia malévola e antiética funcionou. E nesse processo eleitoral, porque em 2014 as redes sociais elas não tinham tanta força como tem hoje. Na verdade, essa força das redes sociais ela apenas democratizou o pensamento porque todo mundo tem acesso às redes sociais. Tem que haver uma propagação da minha existência e nem todo mundo tem saco para abri no celular ou um computador para estar olhando. Quem é que é? Porque quando diz que as redes sociais vieram para ficar, vieram democratizar a informação, democratizar e democratizar até demais. Porque quando eu digo até demais que tem que ser tomada providência em relação aos pequenos, eu sei que é o grande veneno desse processo eleitoral. Nas redes sociais sofrem com isso. Mas eu acredito que as instituições estão atentas. A gente tem acompanhado esse debate quase que incansável de tentar defenestrar isso, ou seja, retirar da pauta. Sei que eu sou mais um cidadão que tem um pacote de dados pequeno que paga um pré-pago. Ele não vai estar todo tempo fazendo um download de um vídeo, de uma entrevista nossa ou de outra pessoa. Então, ganha nesse mercado eleitoral realmente quem tem um pouco mais de conhecimento. Então, o que é que eu vejo sentido nesse processo eleitoral deste ano, 2002, que propositadamente estão evitando que o Gustavo Henrique apareça, inclusive em alguns meios de comunicação? Isso é patente. Tenho amigos, jornalistas, e fica nas entrelinhas. Tem programa de televisão que encerra o programa falando até amanhã. Fulano de Tal, com as informações de sicrano e beltrano, como se existissem dois pré-candidatos ou agora, futuramente, dois candidatos ao governo do Estado. Então, isso nos traz prejuízo. O que é que eu, que eu gostaria que o eleitor entendesse? E aí é onde eu estou detectando nas minhas viagens pelo interior do Piauí e que o eleitor, ele não está muito afim de votar no que está aí? Não. Agora não vota branco e nulo a maioria do eleitor. E ai graças a Deus não votam branco e nulo eu também não pagaria. E nem prego. Nunca peguei o voto branco e nulo, nem como protesto. Mas ao final desse processo eleitoral vai escolher alguém. Teve uma entrevista agora recente que eu dei que um dos candidatos aí desses dois polos antagônicos, pseudo-antagônicos, disse que era o mais desconhecido e eu não o vivo disse que não era o mais desconhecido. Sou eu, porque eu tenho convicção que o eleitor visse de forma maciça um candidato que está dizendo que registra um plano de governo e que assina antecipadamente a renúncia por descumprimento. Eu acho que o eleitor em si, de forma incisiva, ele daria mais importância, ou mais uma chance para quem está fazendo isso de fato. Ora, se eu estou aqui cético, não estou acreditando em ninguém e aparece um candidato que está bem registrado em cartório. Está virando um documento público e está assinando a renúncia. Pô, esse camarada quer fazer mesmo ou eu quero renunciar ou eu quero ser cassado por descumprimento. Porque um negócio desse leva à cassação se eu não renuncio, se não tendo cumprido algum plano, põe um ponto no plano de governo, eu não renuncio. Qualquer cidadão pode entrar na Justiça. A própria Assembleia Legislativa transforma se num fato político e cassa através de um impeachment. Então, eu estou dando uma segurança para o eleitor de que, de fato, nós vamos fazer algo para mudar o que está aí. Então, esse é o nosso maior diferencial. Por onde é que você viu isso no mundo? Eu já pesquisei e não encontrei. Já encontrei políticos registrando em cartório plano e tal. Efetivamente, aquilo não te obriga a fazer. A própria Justiça Eleitoral não te obriga a fazer. Quando você vai ter que depositar lá seu plano de governo para o eleitor ter acesso, através do site da Justiça Eleitoral, para o eleitor fazer as comparações de ideias. Desses três pilares saúde, educação e segurança nesses próximos quatro ou, quem sabe, oito, dez anos político de mandato, porque está acabando, cabe o planejamento e execução. Está acabando de acabar. Abre outro processo licitatório. Se não tiver meio autorizado para comprar Aí não é só hipertensão e ver um diabético ver outras questões envoltas. Próximo a farmácia de Dispensação, a farmácia de medicamentos excepcionais fazem escândalo por um direito que ele tem. E são coisas básicas, elementares, que não podemos mais admitir esse tipo de omissão. Não dá para admitir nos idos do século 21, onde a velocidade da comunicação é outra, porque a história na verdade se repete muda se os personagens e os cenários. Mas o que está mudando agora é apenas o poder, a velocidade dessa comunicação. Ela está sendo mais rápida por conta da internet, por conta do advento das redes sociais, mas certas mazelas elas não podem continuar se perpetuando. São questões elementares, básicas, que precisam ser resolvidas de forma plena. Eu acho que dá, não. Eu tenho essa certeza, convicção que dá para ser resolvido sim, com toda certeza.
O senhor já definiu quem deve apoiar nacionalmente. Existe alguma determinação do seu partido sobre isso?
Não. O Patriota está em um processo de reestruturação interna e deliberou nesta eleição por não ter candidatura própria e nem apoiar nenhum pré-candidato ou agora candidato a presidente da República. Então, nos deixou muito à vontade para que os filiados e os nossos candidatos a deputado estadual e federal escolham de acordo com as suas consciências. Eu costumo dizer nas reuniões que você tem que se identificar com o eleitor que se identifica principalmente o proporcional. Tem certas discussões que o majoritário não deve entrar porque são de nichos. A visão de um candidato majoritário é mais macro. Ele tem que estar pautado pelas questões. Não vou dizer maiores, não estou aqui querem diminuir outras pautas ou bandeiras, não. Mas tem pontos nevrálgicos, ou seja, pontos que devem ser prioritários, que o majoritário tem que atuar e não deve enveredar para não dividir opinião e dividir força. Então, o partido liberou. Foi até uma maneira que nós encontramos boa de desmontar a chapa porque nós temos candidatos a deputado estadual e federal que votam em vários pretendentes ao cargo de presidente da República. Que vai do presidente ao vice presidente. E quem não foi presidente? Então, tranquilo. A única coisa que a gente está administrando é a respeitabilidade entre os nossos pares, que não é fácil, que a gente está vivendo um momento diferente no Brasil, que é a todo momento fomentado uma guerra desses pseudos antagonistas que na verdade um momento bem recente já estiveram juntos. Já a grande maioria desses personagens que estão a se degradar de um campo e de outro, já estiveram juntos. A verdade você vê aí o Presidente da República já foi de vários partidos de centro esquerda, Foi de sete ou oito partidos políticos, o ex-presidente também contribuiu ao ajudar durante o processo de redemocratização. Acolheu alguns. Hoje, ex-aliados à época e agora, aliados. Então, eu acho que está faltando no país é a pacificação legitima que se dará através do resultado de uma eleição. Ganhou ou ganhou? Quem ganhou foi fulano recebeu e aceitar o resultado. E a gente olhar para a frente, nem que daqui a quatro anos se tire para se colocar algo novo. Mas tem que se respeitar a vontade das urnas. Eu, particularmente, estou ainda muito cavalheiro. Ainda não tomei uma posição pessoal, até para não dificultar o processo interno do nosso partido, respeitando os mais variados desejos dentro do partido.
Ainda falando de mudanças, o que o senhor apontaria de mais grave que vem acontecendo e que impede o crescimento do Estado do Piauí?
O não fomento da industrialização. Ela foi entregue a um grupo político. Tem pessoas competentes lá, mas há muito tempo aquilo lá está precisa de uma oxigenação. Secretaria de Direito Econômico e Turismo aliás, existe uma Secretaria do Turismo Piauí, mas outrora já teve vinculação. Houve aí recentemente, a entrega e a concessão do uso e venda de áreas que eram destinadas à indústria do nosso distrito industrial, que viraram, na verdade, grandes depósitos, armazéns, áreas para ser guardadas, objetos que se tornaram até garagem, metalúrgicas. Mas indústria, mesmo de médio e de grande porte. Nós não temos. Então, a gente tem que focar nisso. Eu acho que a gente precisa criar um novo distrito industrial. Tínhamos a Codipi, que era a Companhia de Jesus, também do Piauí, que era justamente que cuidava dessa dessas demandas da industrialização e traz a indústria para o nosso Estado. Agora, o que é que nós temos de bom? A geografia, a capital também facilita um pouco. Ela está no meio norte do país, a única capital do Nordeste que não está na praia. Não que seja um pecado. Eu acho que todo mundo gosta de estar numa praia, tomando água de coco, olhando o mar e contemplando o mar. Mas é aproveitar o que nós temos. Então, dá para a gente industrializar assim. A região de Picos, Floriano, a própria Parnaíba, agora com visão de largueza, já que não há, não há como a gente revitalizar de imediato as linhas férreas. Mas existem as interligações através das BRs, as pontes que foram feitas para que haja o transporte. Então, vamos, de fato, usar isso, mas não como moeda política, de colocar alguém num cargo para ganhar lá um contracheque e estar aqui de um lado para poder traduzir se em votos. E eu acho que isso aí é que precisa dar um freio e colocar pessoas nos seus devidos lugares para que possam dar um retorno para a sociedade que ela precisa. Então, eu vejo assim para alavancar o desenvolvimento do Piauí e a gente focar na industrialização. Aqui que tem que ter, digamos, se acompanhado de uma visão de infraestrutura, de política, de contemplar o futuro empreendedor ou investidor no Estado com segurança que ele tem uma energia de qualidade, tem uma estrada boa para poder escoar seus produtos. Tem que ter isso aí. São detalhes que ao longo do processo de fomento, a gente vai adequando, vai ali arranjando uma maneira efetiva e concreta efetiva e concreta de se trazer novas indústrias no Estado do Piauí.
Pelo menos pelo que os demais candidatos vêm divulgando, sempre estão sendo recebido com muita festa dos municípios. O senhor teve alguma reação negativa quando percorreu o interior do Estado?
Boa, não. Pelo contrário. Fiquei surpreso porque como eu guardo corpo a corpo, eu não chego numa cidade. Eu vou para um evento já agendado, não. Eu chego as vezes um dia antes ou dois que eu estou chegando para algumas pessoas que eu conheço, e me estabeleci e saio fazendo corpo a corpo. Começo de boa, sem problema nenhum me apresentando. Entrego o meu folhetim com as minhas redes sociais. Eu digo que só que não tem só dois lados, tem a minha pessoa como opção e aquilo chama a atenção. E é daí que eu percebi que o eleitor não está muito, ainda assim decidido a votar em um e outro não. Ele está aguardando agora, claro. Ao final desse processo, a grande maioria não vota branco e nulo. Vai escolher alguém. E aí aquilo que eu falei eu tendo condições de massificar o nosso nome e falar dessa proposta do registro em cartório, onde eu assino minha renúncia caso não as cumpra e a gente conseguindo levar para a frente. Aí vem a história que você vem perguntar em relação à sua pesquisa. Talvez de forma forçada, a gente mude um pouco o cenário dos números e mesmo a contragosto dos adversários ou daqueles que não têm interesse em nosso crescimento. Não só o crescimento político, mais como também o nosso crescimento pessoal.
O Patriota recebeu alguma proposta de desistência, de formar parceria. E, caso isso ocorra existe alguma possibilidade de aceitar.
Não. A candidatura em si é irreversível. Isso já foi até discutido pelos nossos pares ou em algum momento aqui e acolá, de forma isolada, da tentativa de se discutir. Mas o próprio grupo em si fechou questão. Então não teve condições de haver uma reverberação, ou seja, uma propagação dessa ideia. Procurado para desistir, já foi. Eu já fui procurado e ao mesmo tempo que eu, procurei também algumas siglas para comporem conosco para participar desse processo de construção. Até porque ainda nós temos no nosso partido um que é mais que é o tempo de TV e rádio. Então, procuramos aqueles que não tinham tempo de TV e rádio e oferecemos um pouco da cobertura da nossa estrutura partidária para que eles pudessem se movimentar. Então, dentro dessa esteira, acredito que que possa acontecer alguma mudança, mas de dentro para fora. Então, a candidatura será mantida. Temos nomes e ao final desse processo, ninguém quiser coligar, se, juntar com um patriota. Nós temos nomes e nós temos pessoas qualificadas para ser o vice e os suplentes, porque o candidato a senador já foi posto, que é o Moacir Lopes do agronegócio. É um paranaense que já foi vereador de três mandatos, secretário, filho de agricultores, já tem uma origem humilde e está aqui no Piauí investindo. É casado com uma piauiense. Mora aqui, investe aqui, então é um dos poucos, com algumas exceções, que acredita no Piauí e está dando essa oportunidade como partido para qualificar o debate também na esfera da senadora e patriota. Ser patriota é amar seu país, defende-lo e acreditar que há condições de um país como o nosso ser protagonista. Mas o protagonista atrativo não é só em foto das relações internacionais de chefes de Estado para chefe de Estado, mas protagonista, mesmo é para influenciar a ordem econômica, influenciar a ordem política mas com maturidade sem posição. É aquela influência mesmo do sopro, o vento, levando os ares para que você possa realmente mostrar que o Brasil tem condições realmente de ser protagonista. É claro que o Brasil é feito pelos federados e o Piauí não iria ficar a reboque, tendo um governador como Gustavo Henrique, que nós iríamos também buscar para seguir o protagonismo porque o Piauí já foi protagonista na economia nacional, na cultura e no esporte. Quem estudou história sabe que o Piauí foi na área da extensão rural da área agropecuária. Foi exportador de carne por muito tempo. Tinha uma das maiores rebanhos bovinos do Brasil. Ainda tem, mas de forma bem retraída em relação aos outros estados. Mas a gente precisa estar fomentando isso. Nós não temos nenhum grande frigorífico no Piauí. É uma outra maneira da gente agregar valor e trazer e buscar alguém que invista alguém aqui da própria terra. Que passa a acreditar que nós somos capazes de beneficiar a carne, seja ela bovina, suína ou das aves. Na área do segmento avícola. Mas a gente precisa fomentar. Ora, como é que fomenta objetivamente pontos e esses pontos estão contemplados? Nossos planos de governo que nós iremos atuar bem. Quando eu fui presente de turma no colégio, foi depois de tomar as dores de muitos colegas. Aí foi deflagrado um processo eleitoral em sala de aula e bota o Gustavo. Ele é que vai atrás. O diretor conversa com o coordenador. Então, assim eu fui meio que levado justamente pelo meu comportamento social em sala de aula para o meio político. E aí eu fui para grêmio, foi a presidente, centro acadêmico, o diretório acadêmico. E assim, trabalhando em prol da coletividade e, de alguma maneira, inserido nesse contexto político partidário, que é o tido contexto convencional. Mas só que desse convencional a gente precisa fazer muita coisa diferente, mas muita coisa mesmo diferente. E acredita na possibilidade, senão não estaria combatendo a omissão. Dos setores que vêm recebendo muitas críticas no Piauí. A educação e segurança são problema de solução. Qual seria o caminho? Nenhum problema é de fácil solução, mas também nenhum problema é de difícil solução. Tem que querer resolvê-los. Então, a educação e segurança? Sim, dá para resolver. Nós estamos amargando indicadores na área da educação. Índices altíssimos de analfabetismo que já ditos por governos e governos, inventaram se programas e outros programas. Agora a gente precisa ter foco as escolas. Elas precisam ser abertas para a sociedade. Nós precisamos motivar o corpo existente em nossas escolas para que se estenda também para aqueles que não tiveram direito a educação. E quando eu digo direito, é o direito a aprender a ler e escrever o que é o básico. Quando se fala em programas dos mais diversos, você suscita como se fosse quase que um estado paralelo. Ora, cadê as estruturas que já deveriam estar funcionando? Até porque não se coloca o que se já tem em prol da sociedade e dá para fazer isso. Então você tem que perseguir, você tem que querer estabelecer metas. Agora isso só funciona como política de Estado. Pessoas comprometidas nessa resolutividade, a mesma coisa a segurança. Se você vai a qualquer lugar do Piauí, se você reunir pessoas e perguntar você está satisfeito com a segurança pública do nosso Estado? Dificilmente você vai ver uma pessoa dizendo que sim. Difícil. Aliás, praticamente ninguém. Agora como é que se modifica isso? Tem a questão social, segurança. Eu falei aqui de concurso, de reestruturação da polícia, das polícias. E aí eu incluo a polícia penal também. A estrutura da polícia penal precisa ser também requalificada. Concurso público também para polícia penal, mas você precisa também ver as questões das ações sociais, a proteção à família, à criança, ao jovem e ao idoso. A mulher. Mas quando a gente fala da mulher com aquela visão sectária, não da sociedade, não é a mulher como esteio não é educacional. E aí entra a conscientização do homem. Nesse processo, ele tem que ser parceiro onde a gente tem que quebrar um pouco essa cultura. Não vou dizer aqui que a questão é conservadora ou machista ou é uma questão feminista, não é isso. As pessoas precisam entender que, independentemente de gênero, existe uma sociedade que precisa ser administrada por eles mesmos. E se não há uma convergência, dificilmente nós teremos bons resultados. Eu acho que todos nós somos importantes nesse processo de construção social. Então, uma secretaria agora fala de política pública, secretária de Assistência Social. Ela precisa realmente funcionar não apenas como coleta, dor de dados e indicativos sociais. Ela precisa também colaborar para a quebra de determinadas culturas, para que nós possamos aumentar a proteção social desses segmentos que eu falei, para que a pessoa tenha segurança, tenha paz interior e uma saúde mental que ela possa entender que aquele momento de dificuldade que ela está passando passa de fato que há uma luz no fundo no fim do túnel, que nós iremos junto com ela, buscar as soluções. Vamos buscar, digamos assim, a oportunidade desejada, porque o que liberta realmente o homem e a mulher. E o trabalho. Isso remonta novamente à questão de fomentar a industrialização do Estado, fortalecer o que nós já temos. Para que de fato, a gente possa alcançar esses objetivos.
Como o senhor pretende pautar sua campanha até o dia da eleição?
Olha, com muita seriedade. Falando com as pessoas, não é seriedade e cumprindo a agenda, é discutindo, combatendo o bom combate, debatendo o bom debate. Não é como se o dia de amanhã já fosse o dia da eleição, perseguindo os nossos objetivos. Eu quero sair no final desse processo não é amado, eu quero sair desse processo é mais respeitado porque quem é mais respeitado passa a ser amado. Então, ou o querer bem ou se gostar do indivíduo, da pessoa. Mas eu quero sair desse processo eleitoral assim. Então, eu vou do início ao fim seu Gustavo Henrique de sempre não é altivo persistente. Vou aonde eu tiver que ir, podendo ir. E eu digo sempre que eu vou, aonde, onde eu puder ir. Eu tiver como ir lá em Cristalina. De duas, três vezes eu irei. Se eu puder ir duas, três vezes lá em Cajueiro da Praia, eu irei. Nesse processo eleitoral eu não tenho as grandes estruturas das outras candidaturas aí que se dizem antagônicas, mas, na minha opinião, são farinha do mesmo saco. Mas nós vamos fazer uma campanha altiva dentro das nossas possibilidades, tentando levar nossa mensagem. Acredito que uma mensagem objetiva concreta dessa possibilidade real de mudança. É assim que nós vamos fazer.