Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) da Universidade Federal do Piauí (UFPI) começou a discutir nesta sexta-feira (12) a proposta de calendário para o próximo período de aulas no ensino de graduação. A proposta em análise foi elaborada pela Pró-Reitoria de Ensino de Graduação (PREG) e define que o período começa no dia 22 de março e se estende até dia 21 de julho. Ainda de acordo com a proposição, o formado remoto é a referência para o próximo período, mas os Cursos e Departamentos passam a ter maior autonomia inclusive com a possibilidade de flexibilização.
A proposta, conforme a professora Ana Beatriz, titular da PREG, foi elaborada a partir de uma ampla consulta à comunidade acadêmica. As possibilidades serão a de manter o ensino exclusivamente remoto e a de passar a ofertar também disciplinas práticas em um formato mais flexível. Para potencializar a autonomia dos cursos e a participação democrática dos segmentos da comunidade nessa decisão, a definição da modalidade de aulas deve ocorrer em discussões internas dos cursos.
“A proposta reflete as manifestações colhidas nas discussões dentro da comunidade universitária. É a média do pensamento da comunidade”, diz Ana Beatriz. Conforme a proposição, as chefias de departamento e as coordenações de cursos vão discutir em seus colegiados quais componentes podem ser flexibilizados e a quantidade de alunos que poderão assistir às aulas por vez.
A proposta elaborada pela PREG contempla a avaliação minuciosa da realidade sanitária no estado, considera reuniões realizadas com as coordenações dos cursos e leva em conta também a pesquisa de avaliação do período 2020.1 (com manifestação de mais de 700 professores e quase 7 mil alunos), em que a maioria avaliou como satisfatórias as atividades do semestre realizadas de maneira remota.
A reunião do CEPEX contou com uma agenda com mais de 20 tópicos, em que o ponto principal foi a discussão sobre o próximo período letivo. A discussão começou com o reitor Gildásio Guedes, presidente do colegiado, concedendo a palavra aos representantes dos docentes do Centro de Ciências da Saúde e também dos professores, através da ADUFPI – que não fazem parte do CEPEX. As duas vozes alertaram para a necessidade de atenção às condições sanitárias.
No caso da ADUFPI, a principal ênfase foi na oposição à possibilidade de retomada do período com o ensino híbrido. No caso dos representantes dos alunos, houve uma cobrança para a oferta de disciplinas práticas especialmente no setor de saúde. Um amplo debate ocorreu após a apresentação da proposta da PREG, que seguirá sendo discutida na próxima segunda-feira (15), em uma nova reunião do CEPEX com o objetivo único de tomar uma decisão sobre o próximo período letivo na graduação da Universidade.