A declaração foi feita durante a cerimônia de lançamento do Plano Safra para agricultura familiar, realizada no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (30).
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve o ciclo de alta da taxa básica de juros por sete vezes consecutivas. Contudo, analistas de instituições financeiras preveem uma reversão desse cenário a partir de janeiro do próximo ano, com o início de um ciclo de cortes.
“Eu gostaria que todos os juros fossem zero, mas ainda não depende da nossa política econômica que não tem muito a ver com a taxação de juros”, disse Lula.
A taxa Selic é o principal indicador da economia brasileira. Ela serve como referência para as taxas de empréstimos e financiamentos. Uma Selic elevada encarece o crédito e, embora ajude a controlar a inflação ao “esfriar” a economia, pode reduzir o ritmo de crescimento do país.
Nos últimos dois anos, o presidente Lula criticou a política monetária sob a gestão de Roberto Campos Neto, então presidente do Banco Central, indicando que as decisões não favoreciam os interesses nacionais.
O Plano Safra para agricultura familiar, lançado na cerimônia, oferecerá R$ 78,2 bilhões em financiamentos para a temporada 2025-2026. Conforme o governo, os juros para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) variam entre 0,5% e 8% ao ano. O programa totaliza R$ 89 bilhões, abrangendo crédito rural, compras públicas, seguro agrícola, assistência técnica e garantia de preço mínimo.