O processo investiga o envenenamento de dez pessoas, das quais oito faleceram. Sete das vítimas eram da mesma família, e uma era vizinha. Duas outras vítimas sobreviveram, o que levou a acusações de tentativa de homicídio.
Os réus são Francisco de Assis Pereira da Costa, padrasto, e Maria dos Aflitos da Silva, avó e mãe das vítimas. Ambos enfrentam acusações por oito homicídios qualificados e três tentativas de homicídio. O casal foi considerado réu em março deste ano e está preso preventivamente em Teresina, tendo sido transferido para Parnaíba para participar da audiência.
Um laudo de sanidade mental de Francisco de Assis, solicitado pela Defensoria Pública do Estado, foi concluído na última terça-feira (2). O documento atesta que ele possui plena capacidade mental e pode responder criminalmente pelos crimes. A defesa não contestará este laudo.
A audiência, que estava originalmente agendada para 30 de julho, foi adiada para esta sexta-feira (5). O adiamento ocorreu porque o juiz e as partes envolvidas consideraram que a ausência do laudo de sanidade mental e dos réus fisicamente presentes poderia comprometer os trabalhos.
Cronologia dos Envenenamentos
As investigações indicam que o casal utilizou terbufós, uma substância encontrada em agrotóxicos e popularmente conhecida como veneno “chumbinho”, cuja comercialização é proibida no Brasil.
Os crimes ocorreram em três momentos distintos. Além das vítimas fatais, o casal é acusado de tentativa de homicídio contra Maria Jocilene da Silva, que sobreviveu após participar de um almoço em família no dia 1º de janeiro. Tentativas de homicídio contra uma adolescente de 17 anos e uma criança de sete anos também estão no processo.