A obra do sistema de fornecimento para o polo agroindustrial de Uruçuí será executada pela Equatorial Piauí, com recursos compartilhados entre a empresa e o Governo do Estado.
O governador Rafael Fonteles anunciou, nesta segunda-feira (19), um investimento de mais de R$ 150 milhões na implantação de um sistema de fornecimento de energia elétrica para o polo agroindustrial de Uruçuí, no sul do estado. A obra será executada pela concessionária Equatorial Piauí, com recursos compartilhados entre a empresa e o Governo do Estado, por meio de legislação aprovada na Assembleia Legislativa do Piauí. A iniciativa busca suprir uma demanda histórica por energia de qualidade na região, abrindo caminho para a instalação de grandes empreendimentos industriais.
O fornecimento adequado de energia era, segundo Rafael Fonteles, um dos principais entraves para a atração de investimentos no setor agroindustrial do sul do estado. “Essa questão energética era uma trava para esses empreendimentos de grande porte. E com essa decisão política do Governo do Estado e a parceria com a Equatorial, esse desafio foi superado”, afirmou o gestor. Ele destacou ainda que a iniciativa vai beneficiar não apenas a indústria, mas toda a economia da região, com mais oportunidades de trabalho, renda e desenvolvimento regional.
Para o superintendente de Mineração e Energias Renováveis da Secretaria do Planejamento do Piauí (Seplan), Bruno Casanova, a assinatura do contrato representa um marco para o avanço do estado. “Esse é um momento histórico para o Piauí. A assinatura do contrato de subvenção econômica entre o Governo do Estado e a Equatorial vai trazer um grande avanço para a região, com a implantação de 107,5 km de linha de transmissão e reforço das subestações. Isso representa desenvolvimento para Uruçuí e para todo o entorno”, ressaltou o gestor.
O presidente do Grupo Equatorial, Humberto Soares, reforçou o compromisso da concessionária com a modernização da infraestrutura energética do Piauí. “É um projeto que se estende até 2031, mas com entregas importantes já nos próximos dois anos. A Equatorial reafirma seu compromisso com o Piauí, realizando esse investimento em parceria com o Governo do Estado para atender a crescente demanda do agronegócio e gerar mais empregos e desenvolvimento para a região”, declarou o executivo.
Giuliano Tomazini, diretor industrial do grupo Friato, celebrou o início das obras como um divisor de águas para o desenvolvimento do sul do estado. “Essa era uma demanda de mais de 10 anos e, com todos os esforços do governador Rafael, de toda a sua equipe e da Equatorial, essa demanda se tornou realidade. Com energia de boa qualidade disponível, o nosso projeto de implantação de um polo agroindustrial, com frigoríficos e produção de industrializados, vai se tornar realidade a partir de meados de 2028”, afirmou o empresário.
Com a nova infraestrutura, a expectativa é transformar o polo agroindustrial de Uruçuí em um dos maiores centros de processamento de proteína animal do Nordeste. O primeiro grande empreendimento confirmado é a instalação de um frigorífico de aves do grupo Friato, com potencial para gerar milhares de empregos diretos e indiretos. O grupo também atua no estado de Goiás, de onde exporta para diversos mercados nacionais e internacionais. No Piauí, a operação permitirá o fortalecimento da cadeia produtiva local, beneficiando produtores e fornecedores de insumos agropecuários.
O vice-presidente de Desenvolvimento Rural Sustentável da Investe Piauí, Ícaro Carvalho, explicou que a assinatura do contrato marca a consolidação de um processo construído nos últimos meses entre o Governo do Estado, a Equatorial, o Grupo Tomazini e a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja). “Esse foi um compromisso do governador para viabilizar os projetos da região, por meio de subvenção econômica para a construção da nova subestação de Uruçuí. O contrato de obras foi assinado e as obras devem ser iniciadas em breve, com conclusão prevista já para 2027, permitindo o início de diversos empreendimentos, entre eles o do Grupo Tomazini, com a indústria frigorífica de aves”, afirmou o gestor.
