Conforme as investigações, os indivíduos presos fazem parte de um esquema que fabricava informações falsas para prejudicar a atuação de juízes e um desembargador da Corte estadual, visando influenciar decisões judiciais. Foram apreendidos celulares, computadores e documentos que podem servir como evidência da articulação criminosa.
Em 2 de setembro, a segunda fase da operação resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão em seis locais ligados a Juarez Chaves e Lucile Moura. A primeira fase, realizada na semana anterior, teve como alvos os advogados Henrique Martins e Flávio Martins, cujos aparelhos também foram apreendidos.
A operação foi nomeada “Vice-Cônsul” em alusão à suposta conexão de um dos investigados com o empresário Adailton Maturino. Maturino foi preso na Operação Faroeste, na Bahia, e se apresentava falsamente como cônsul honorário da Guiné-Bissau e juiz aposentado, utilizando essa fachada para obter influência no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
A Polícia Civil informou que a investigação teve início após denúncias sobre a elaboração de dossiês e falsas acusações. O objetivo seria pressionar magistrados e manipular órgãos correcionais, buscando vantagens em processos judiciais e prejudicando a imagem de membros do Judiciário piauiense.