Dia 14 de novembro é o Dia Mundial do Diabetes. Uma das principais complicações do mau controle da doença é a retinopatia diabética, causada pelas altas taxas de glicemia que degeneram a retina e podem causar cegueira.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui 16 milhões de pessoas com diabetes, a prevalência passou de 5,5% para 7,4%. Já a retinopatia é responsável por quase 5% dos casos de cegueira no mundo. No Brasil, a doença afeta aproximadamente 4 milhões de indivíduos, correspondendo de 35% a 40%, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia. A doença é a principal causa de novos casos de cegueira nas idades de 20 a 64 anos.
“Existem dois tipos de retinopatia diabética: não proliferativa, forma inicial da doença que é detectada quando os vasos do fundo do olho estão danificados, causando hemorragia e vazamento de líquido da retina, chamado de Edema Macular Diabético; e a proliferativa, que é diagnosticada quando os vasos da retina ou do nervo óptico não conseguem trazer nutrientes para o fundo do olho e, por consequência, há formação de vasos anormais, que causam o sangramento”, explica o oftalmologista Vitor Prado.
Em qualquer um dos tipos pode ocorrer diminuição importante da acuidade visual. “Dentre os fatores de risco para a retinopatia estão os relacionados à presença do diabetes, como duração, controle glicêmico e nefropatia diabética. E também não relacionados diretamente à doença, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia e fatores ambientais”, completa o profissional.
Os riscos da retinopatia diabética, são altos. É importante mudar os hábitos e manter o controle das taxas de glicemia. Além disso, as visitas ao oftalmologista devem ocorrer de forma regular, para controle e exames preventivos.