O setor da construção civil no Brasil registrou no último ano um crescimento de 4,22%, englobando o mercado de produtos e serviços, novas edificações e geração de empregos. No Piauí, a taxa de crescimento para este ano deve fechar em 3%, o que consolida a expansão do setor no Estado.
Em 2022, a alta foi de 6,9%. Apesar da velocidade menor neste ano, a expectativa é positiva. Com desempenho que caminha atrelado às movimentações comerciais, a geração de empregos na construção também reforça essa expansão.
O segundo trimestre deste ano apontou aumento significativo dos lançamentos imobiliários (15,7%) em comparação com o trimestre anterior. Parte deste resultado se deve ao funcionamento do mercado imobiliário que, historicamente, tem no primeiro trimestre seu resultado mais baixo.
Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que foram gerados, neste ano, mais de 5 mil vagas de empregos no Piauí. Guilherme Fortes, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil em Teresina (Sinduscon), explica que o crescimento do setor é consequência da retomada de programas habitacionais e queda na taxa de juros. “O programa Minha Casa, Minha Vida retoma seu fôlego, principalmente com os avanços dos últimos meses, em particular nos valores dos descontos (subsídios) para as faixas mais baixa de renda da população e na adequação dos tetos de valores das unidades”, explica.
De acordo com o presidente do Sinduscon, já foram construídas 4.500 novas casas em todo o Piauí. “Incluindo ainda pequenos empreendimentos, ou seja, 50, 100 e até 200 unidades, que estão gerando emprego, deixando as pessoas trabalhando. Além do Minha Casa, Minha Vida, tem o programa More Bem e os juros da Caixa Econômica, que está com taxa de juros de 4.5%, o mais baixo para habitação”, afirma Guilherme Fortes.
A expectativa do setor, conforme Fortes, é que em 2024 sejam retomadas obras paradas e que ocorra a contratação de mais de 2 milhões de moradia até 2026 em todo o país. “São mais empregos que impulsiona a economia nacional. Isso faz com que sejam mantido o número de pessoas com carteira de trabalho, porque não tem número melhor do que as pessoas trabalhando e levando dignidade às famílias. O setor tem um crescimento sólido e contínuo. E assim se consegue manter as pessoas que estão trabalhando e treinar novas pessoas para ingressar no mercado de trabalho”, explica Guilherme Fortes, do Sinduscon Teresina.
Em 2022, de acordo com os dados do Caged, do Ministério do Trabalho, a construção civil gerou 194.444 novos empregos com carteira assinada. Dessa forma, o número de trabalhadores formais no setor cresceu 8,42%, passando de 2,308 milhões no final de 2021 para 2,502 milhões no final do último ano. No primeiro semestre de 2023 a construção gerou 169.531 novos empregos formais, apontando crescimento de 7% este ano, alcançando a marca de 2,590 milhões de trabalhadores.