Até que ponto podemos ir para defender nosso país e nossos ideais? A violência sempre pode ser justificada? Essas são algumas das questões que permeiam A Guerra da Papoula, primeiro volume da aguardada trilogia de R.F. Kuang que a Intrínseca traz para os leitores brasileiros em julho. Inspirado na história militar da China no século XX e na trajetória de Mao Tsé-Tung, o livro apresenta um universo em que deuses e monstros podem definir os rumos de conflitos entre nações.
Na trama, Rin, uma jovem órfã de guerra, trabalha para uma família de comerciantes de ópio e não vislumbra outras perspectivas para a própria vida. Quando é prometida em casamento a um homem asqueroso, não mede esforços para prestar o exame imperial e ser aceita em Sinegard, a mais prestigiada academia militar do Império Nikara.
Por ser uma garota pobre e de pele escura, Rin é hostilizada por seus colegas e professores da instituição. Apesar disso, ela treina com muito afinco. Com a ajuda de um mestre excêntrico e o uso de substâncias psicoativas, a garota cultiva poderes xamânicos e acessa a força incandescente da Fênix, uma deusa vingativa e perigosa.
Quando o Império Nikara é invadido pela nação vizinha, a poderosa Federação de Mugen, um conflito violento eclode, e Rin percebe que, para vencer a guerra, talvez tenha que abrir mão de sua humanidade para sempre.
Finalista dos prêmios Hugo, Nebula e Locus, A Guerra da Papoula é considerada uma das 100 melhores fantasias de todos os tempos pela revista Time e teve seus direitos de adaptação adquiridos pela produtora responsável pelo filme Podres de ricos. Épico e brutal, o livro aborda temas como colonialismo, imperialismo, racismo e genocídio, em uma história assustadora e impactante.
A escritora
R.F. KUANG é escritora, tradutora de mandarim e bolsista da Marshall Scholarship. Mestra em Filosofia na área de Estudos Chineses por Cambridge e em Estudos Chineses Contemporâneos por Oxford, atualmente cursa o doutorado em Literatura e Línguas do Oeste da Ásia em Yale. Pela trilogia A Guerra da Papoula, venceu os prêmios Astounding Award, Crawford Award e Compton Crook Award, além de ter sido indicada aos prêmios Hugo, Nebula, Locus e World Fantasy Award.