Olá, espero que você esteja bem!
Começo esse texto de abertura dos trabalhos usando no título um pequeno fragmento de um clássico do cancioneiro brasileiro, composto e cantado Caetano Veloso, a música é patrimônio piauiense…
Já se vão 16 anos em que dedico uma parte grande do meu tempo como economista ministrando aulas de Economia e contribuindo para o jornalismo econômico, tentando explicar que Economia é uma ciência humana e que temas como PIB (produto Interno Bruto), inflação, consumo, investimento e desenvolvimento, pobreza dependem do pensar e agir humano.
Entender o mundo, o Brasil, o Nordeste, o Piauí é uma necessidade básica para o meu ofício.
É um grande quebra cabeça com muitas peças pra montar, tentar formar uma visão do todo para entender as partes, é uma tarefa difícil demanda uma vida inteira inclusive, só se mantém firme a ela se o exercício disso for encarado como missão.
Por trás de toda missão tem um propósito: o meu é ajudar na construção de um futuro desejável para o bem pessoal e coletivo no mesmo movimento.
A quantidade de peças como: pontos de vistas, variáveis, contextos históricos, condições geográficas, estruturas e conjunturas econômicas, histórias, cultura, características populacionais na forma de dados, informações e estudos são num volume e variedade acima da capacidade de processamento de qualquer pessoa.
Por isso preciso usar como foco o olhar sobre as coisas a partir de um olhar piauiense…

Reconhecer que sou linear e que não dou conta de atingir um objetivo tão exponencial é libertador, acredite!
Partindo da minha limitação, a coluna Conjuntura a ser publicada no portal Sertão Online terá como personagem principal o Piauí.

A partir da nossa identidade, que se faz representar pela carnaúba, pelo bode como símbolos regionais, vamos partir numa jornada em busca de conhecimento sobre nossa terra, entender a realidade que nos “arrudia”, dentro do nordeste, do Brasil e do mundo.
Essa “empeleita” me foi provocada pelo Cândido Neto e confesso, sou difícil pra negar uma parea!
Tenho feito isso em ambiente de sala de aula, em reportagens e entrevistas em TVs, rádios, jornais impressos, escrevendo artigos em revistas, portais de internet nesse tempo todo.
Nessa vereda que é a vida toda, tive a oportunidade de servir ao meu Estado na função de Gerente de Estudos e Pesquisas Econômicas da extinta Fundação Cepro e agora incorporada como Superintendência da Secretaria de Planejamento do Estado do Piauí.
Essa experiência na gestão pública, o contato com pesquisadores, pesquisas e estudos sobre o Piauí, suas potencialidades e desafios me ajudaram a apurar mais minha visão de economista sobre o chão onde pisamos.
Cândido me convidou para escrever no Portal e me deu total liberdade para escolher a linha editorial, sugeri focarmos no Piauí e de imediato ele acatou a sugestão.
A proposta é levantar estudos, pesquisas, autores que tratem sobre o que é ser e viver no Piauí a luz de estudos e pesquisas.

A ideia é conhecermos mais sobre nosso Estado, como é pensado, estudado e vivido.
A construção de um futuro desejável ao qual me referi mais acima depende de um ambiente colaborativo, criativo e que compartilhe recursos econômicos, intelectuais, políticos, ambientais e culturais.
É nisso que aposto para um Piauí capaz de atrair fluxos de negócios, de pessoas, que nos tornemos uma região capaz de gerar um desenvolvimento “de dentro para fora” e que nossa identidade regional seja reconhecida como um lugar para se viver e trabalhar, com oportunidades econômicas e sociais para quem aqui vive e pra quem aqui chegue.
Não sei você, mas eu gosto mais do conheço e quero conhecer cada vez mais o nosso Piauí.
Escrever por aqui, é uma oportunidade para mim, espero que seja para você também e “a que será que destina o Piauí”, parafraseando Torquato Neto?
Bem, vamos investigar por aqui!
Até a próxima…